sábado, 26 de novembro de 2011

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Todos temos um ponto de interrogação. Já nascemos com ele. Nas perguntas de aprender. Perguntas normais. Perguntas banais. Escrita. Sinais. Idade. Família. Sexualidade. Contas. Segundos. Horas. Dias. Meses. Anos... Tudo é perguntável. Depois vem os porquês.
A gente pergunta tudo pros nossos pais. Depois vamos perguntar pros tios, pros avós. Em seguida os professores assumem a incumbência de ensinar a ler e a escrever, somar. O resto a gente vai vendo, seguindo a fila.
Não saber por que estamos aqui é uma constante. Terra. América do Sul. Brasil. Rio Grande do sul. Santa Maria. Diacho! E ainda tem que decorar tudo. Se esquecer perguntar outra vez.
Não se pode encurtar o caminho. Antes de chegar na resposta primeiro vem a pergunta. E será assim, de geração a geração.
Quando passamos a perceber as coisas nos deparamos com moldes pré estabelecidos. Eles já existiam antes de nossos pais, nossos avós. Logo, adotamos conceitos arraigados em nossa família. Questões que talvez nossos pais, lutaram para manter. Vamos nos espelhando nos familiares mais próximos e decidindo o futuro, na profissão, religião, escolhas. Alguns desprendem-se dos pais e procuram alçar mais longe. Fazem escolhas mais complexas. Questionam leis e ensinamentos históricos. Criam sua própria opinião, idiossincrasia. E não importa tudo isso, a interrogação os consome, nos consome. Pra cada coisa, ato, fé, Mc Donalds, Ford, Gibson, Häagen Dazs, existe uma bendita interrogação... ?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

De todas as coisas que eu posso ser, não quero ser saudade na vida dos meus filhos. Saudade é um aditivo melhor empregado no amor. Não serve pros filhos. Pelo menos quando esses são ainda pequenos. Logo atingem a vida adulta o destino/profissão/casamento e outras responsabilidades se encarregam de separa-los da gente. É a vida. Aí sim, a saudade surge como um alento(ilusão) quando temos os filhos mais longe.
É engraçada, a vida. Morei com meus pais até os 20 anos. Convivi com meu pai todo esse tempo. E ele passava comigo conforme sua profissão lhe permitia. Chegou a ter dois empregos quando minha mãe ainda não era professora. Ele trabalhava na prefeitura de dia e, à noite dirigia um táxi. Bem mais tarde a casa foi ficando inteiramente pra mim. Pelo menos as tardes, pois ambos operavam. Não cheguei a sentir uma ausência constante de meu pai. Pelo contrário, ele estava sempre ali. O que não havia era uma comunicação mais profunda, até então perfeitamente compreensiva dado os moldes do ambiente progenitor. Não quero culpar nem julgar nem difamar meus antepassados por passarem uma fórmula que eles acreditavam que era sinônimo de criação exemplar. Estou, sim, comentando um fato pra chegar de volta a mim.
Hoje, longe daquele passado, as coisas funcionam léguas diferente. O futuro, a tecnologia, o formato diversão se modificaram. Todas essas questões nos ajudam, não só a andar pra frente mas, educar, presenciar e "tentar" participar de uma ordem mais próxima, imediata no contato com os filhos.
Ter filhos de relacionamentos distintos não deve(ia) ser uma parede e sim, algo que se pode adicionar qualidade ao invés de quantidade.
Não paro por aqui. Só quero ser feliz e desejo que eles sintam isso...

domingo, 20 de novembro de 2011

Chato de aluguel

Um amigo uma vez me disse que o pior chato é aquele que você convida pra ir na sua casa e ele vai mesmo(risos). Ironias à parte, acho que não tem coisa pior do que o chato de aluguel: aquele que te aluga demais!
Tem três tipos de chatos de aluguel. O chato burro(esse é o mais nocivo), o chato de inteligência mediana e o chato culto(se você for mais burro que ele então esse passa a ser o mais nocivo). O chato dono da verdade também, ninguém merece.
Mas não importa realmente quantos tipos de chatos existem. TODOS alugam a gente. São inconvenientes. Resolvem alugar e acham que estão agradando(risos).
Esse é um assunto que não deve ser longo senão se torna CHATO. Não deve enumerar tanto senão fica CHATO. Escrever a palavra CHATO somente quando necessário senão já é CHATO.
Devia existir um serviço de tele-chato pra dar de presente a quem você (não) gosta. Já pensou? Mandar um tele-chato pra um mala?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sequência

Chuvinha lá fora e eu ainda não posso dormir. To só esperando o sono chegar. A chuva faz um barulho confortante. Parece música em alguns instantes. Essa mesma chuva anula o som que vem da cidade. Só se escuta ela. A condição humana aparece me lembrando de uma vida, de várias vidas, secas ou molhadas, que estão lá fora, por aí, vagando, com ou sem rumo, direção. Caminhando pra algum lugar.
Agora os pingos caem mais lentamente fazendo chegar o som do trânsito. O mesmo trânsito que atrapalha meu sono pela manhã.
Só passei aqui pra dar um "oi" e dizer que quero continuar escrevendo, nas sequências...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ao vencedor as cantadas

É estranho como algumas lembranças permanecem intactas em nossa cabeça. Reminiscências remotas, longínquas... Não vejo o tempo passar. Não sinto o tempo passar. Não guardo datas. Só decoro letras de músicas, parágrafos de livros interessantes e cultura inútil. Alguma cultura inutilizável que pode ter sido usada numa cantada interessante. É verdade. Nunca tive muito jeito pra cantadas. Geralmente elas eram ensaiadas em frente ao espelho quando me prestava a decorar outra coisa além de letras de músicas. Bom, eu costumava decorar a lição de álgebra no colégio mas aí é outra história, talvez num próximo post. Mas voltando às cantadas... cantadas ensaiadas costumavam dar muito certo. Provavelmente eram palavras tiradas de livros ou filmes. Como hoje não preciso mais desse recurso posso me dar ao luxo de comentar, ou me entregar, se preferirem(risos). Não vou escrever aqui as coisas que eu falava. Hoje está tão fácil expor o sentimento. Não é necessário dar dicas. Naquele tempo não havia redes sociais, muito menos internet. O olhar falava mais do que mil palavras embora fosse importante esclarecer certas coisas. Como um pedido de namoro por exemplo. Hoje em dia é tudo mais fácil, mais maduro. Parece que a sociedade amadureceu e com ela os relacionamentos foram se modificando até ficarem ajustáveis. Voltando outra vez às cantadas... bom, acho que a timidez atrapalha. E é fundamental ser bem informado. Como se você fosse fazer vestibular. Veja, ouça e leia tudo!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Refeição

Quem se lembra daquele chocolatinho da Neugebauer chamado Refeição? Pois é, estou comendo um agora(risos).
Quando devia ter uns 4 pra 5 anos esperava meu avô na frente de casa quase todos os dias. Final de tarde. Meu olhar mirava a esquina. Ele aparecia, atravessava a rua e eu ia correndo pros seus braços. Ganhava esse chocolatinho. E isto ficou pra sempre na lembrança que traz automaticamente a imagem de meu avô.
O estranho é que tempos depois não o achei mais, nem nos mercados. Não sabia se tinha saído de linha. Essa semana tive o prazer de encontra-lo, junto com todas aquelas recordações: a rua, a casa, a esquina, e o abraço de meu avô...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Love Story

Pouca gente sabe que eu sabia tocar piano de ouvido. Não uma sinfonia inteira mas alguns trechos de músicas. Em especial a música tema do filme Love Story, de 1970, e Imagine, de John Lennon. Voltemos um pouquinho no tempo pra explicar melhor...
Todo clube que se preza possuía um piano, o que não era diferente com o Clube Caixeiral, de Uruguaiana, onde minha avó trabalhou por mais de 30 anos. Eu ia lá sempre que podia ou quando estava de bobeira. A vó Aracy trabalhava na secretaria do clube e na sala ao lado ficava o piano. Não era um piano de cauda e sim de armário. Volta e meia eu entrava na sala e me trancava lá dentro. Ficava horas, tocando as mesmas músicas, em particular a Love Story. Havia uma outra secretária, colega de minha avó, que "percebia" minha maneira de tocar. Lembro que, quando eu estava "gostando" de alguma menina, tocava com mais sutileza e alma, o que era rapidamente notado por ela. Demorei algum tempo pra entender como ela "captava" meus sentimentos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pastel

Existem situações que causam um tipo de trauma na vida da gente. Nos longínquos tempos em que vivia em Uruguaiana, eu e mais um amigo tocávamos numa pastelaria. O pai de um amigo de infância abriu o negócio e eu meio que me ofereci pra tocar, mesmo sabendo que ele não podia pagar. Lá estávamos nós(não lembro se eram duas, três vezes por semana) tocando na tal pastelaria, numa rua movimentada da cidade. No final da noite, como era de costume, nos sentávamos para jantar. Adivinha? Pastel! Sim, pastel era o que não faltava, segundo o proprietário da casa. Lembro que ganhavamos um cachê simbólico. O que valia de verdade eram os pastéis(risos).
Gente, comi tanto pastel que hoje não posso sentir o cheiro. E olha que antes eu gostava. Agora não desce de jeito manera. Já faz tanto tempo e o trauma continua(risos).

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Jardim de Cataventos

Há alguns meses fui convidado por meu amigo de longa data, Marcelinho Schmidt, a participar de seu novo projeto. Já havia participado de vários projetos com Marcelo: Bossa eternamente nova, Jovem Guarda no Uruguai, Roberto Carlos no Uruguai, Estrelinha de natal, para citar alguns.
Trata-se de poesias infantis musicadas, com direito a livro e CD. Na ocasião, Marcelo me convidou para cantar uma das 16 músicas que compõem o disco. Foi muito bacana e hoje percebi que a semente germinou, abrindo caminho para novos resultados. Essa semana nos encontramos por acaso, no dia do show "Faz parte do meu show", no Theatro 13 de maio e, meio que às pressas, ganhei de presente o livro/CD que Marcelo "guardou" pra mim. Prometi a ele que divulgaria o projeto. Promessa cumprida: www.jardimdecataventos.blogspot.com

domingo, 9 de outubro de 2011

Agradecimentos

Quando iniciei os trabalhos do CD Retrovisor, mais precisamente na parte artística, me preocupei em reservar um espacinho pros agradecimentos. É neste lugar que você valoriza aquelas pessoas que tiveram uma enorme importância e participação, direta ou indireta, na feitura do que chamamos de disco.
Tudo começou em 2007 e de lá pra cá muita coisa mudou: algumas destas pessoas não estão mais entre nós, casais se separaram, inclusive eu, alguns mudaram de cidade, outros mudaram de emprego, bares fecharam, enfim, as coisas sempre mudam.
O CD Retrovisor não saiu, talvez nunca saia, nunca... palavra que não deve ser dita. Quem sabe um dia seja possível termina-lo.
Antes que mais eventos aconteçam resolvi postar o que seria os créditos do encarte.


À Deus, S. Jorge, João, meus pais e minha família, Jairo Blini, Carlos "baixinho", Caio Silva, Carlos Amorim, Jorge Rios "Knela" e toda sua família, Adenilson Rios, Cide Güez(in memoriam), Serginho Hipóllyto(in memoriam), Serginho Meus, Valdir Santana, Clemar Guglielmi(in memoriam), Inaudi Ferrari, Necir Dorneles, Enio Rodrigues, Alexandre Vaz "kamanga", Luis Carlos "apito"(in memoriam), Manoel Conceição "veludo"(in memoriam), Rhudy Spíndola, Paulinho Machado, Cleumir Dávila, Adriano e Cristiano Medeiros, Francisco Scherer "choio", Adão e João Quintana, Sérgio Gomes "o xucro", João Chagas Leite, Pirisca Grecco, César Santos, Miquelli, Eduardo Garreta "wally", Quito Martins.


Em Santa Maria:


Vera(Duich), Marcos Sitya, Cláudio(Chá Bar), Miriam(Maccheroni), Wolney Beck,  Fabrise(Eny), Hélio Augusto, Rogério Lobato, Mirio Roos, Vadson(Coyote), Déborah Rosa, Lurdes e Miguel(Ponto de Cinema), Clóvis Müller, Caco Pereira, Renato Mirailh e Salvador Lamberty.


Se seu nome não está nesta lista, desculpe. Se seu nome está nesta lista e você não sabe o por quê, obrigado, de alguma forma você contribuiu para minha inspiração!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fotos

Postando umas fotos minhas de um evento no Facebook fez o pensamento voar até o início dos anos 90, na época das "bandas de garagem". Quem não teve uma banda e ensaiou na garagem, onde o pai guardava o carro? Bom, quem não teve "tinha" vontade de ter. Mas a história não tem nada a ver com garagem, pelo menos neste post e sim, com as fotos que a gente tirava, dos músicos mesmo. Sempre na hora da pose, que era cuidadosamente encenada, o cara da guitarra ou do violão devia "desenhar" no braço do instrumento um acorde dissonante. Uma "aranha" para os menos estudados. Essa imagem indicava técnica e conhecimento para quem via a foto. Mesmo que o músico exibido não soubesse muita coisa(risos). Não eram aceitas fotos com acordes primários, os acordes mais simples. Acredito que essa moda veio lá da bossa nova, onde os acordes eram mais complexos.
Imagina, acreditar numa foto? É cada uma, né? Hoje em dia pelo menos tem o Photoshop que faz a gente acreditar mesmo...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vivendo, amando e aprendendo

Era uma vez um sujeito que prezava demais a validade das coisas. Como nos produtos, tudo em sua vida tinha prazo de validade. Seus relacionamentos, seu cotidiano, suas palavras... era monossilábico por natureza. Tudo um dia iria acabar.
Não se sabe ao certo sob que circunstâncias ele nasceu mas, casou só uma vez achando que o "sim" era uma contagem. Sua esposa contava os dias para que ele finalmente esquecesse tudo aquilo e de nada adiantou. A separação foi inevitável.
Quando ia ao supermercado observava com afinco a validade do que comprava. E um dia antes do prazo do tal produto vencer, ele jogava fora.
Na adolescência namorou algumas vezes embora acreditasse que o amor era vago. Começo, meio e fim. Novela, filme, tudo igual. Mocinho, bandido, megera e final feliz. A vida era um inseto, pronto pra ser esmagado a qualquer instante.
Notava sua familia, seus vizinhos... todos vivendo da melhor forma que podiam. Pensava: 'tolos, não sabem que a vida vai acabar'!
Nunca cantava ou dançava, afinal a música tinha fim. Uma vez disse um amigo: ora, é só tocar a música de novo! E ele respondeu: e você vai toca-la até quando?! (longo silêncio)
Com muito custo conseguiu se formar na faculdade, mesmo sem muitos amigos e o descrédito dos professores.
Uma das únicas coisas que ele cuidava para que não acabasse era o dinheiro. Poupava, e como. Tinha juntado bastante. O suficiente. Trabalhava e isso não importava. O fim do dia sempre chegava e a noite também.
A vida, o tempo, as coisas... eram de porcelana. Mais cedo ou mais tarde. Não importa. O final vencia.
Já tinha passado da metade da expectativa de vida nacional quando descobriu que tinha câncer. Lhe restavam alguns anos. Mas por que se preocupar agora. O "the end" chegaria mais cedo. Tinha passado a vida se preparando e esperando, esperando. Já estava cansado.
Fez o testamento. Deixava tudo para a familia. Tudo o que passou a vida juntando.
Uma noite não conseguiu pegar no sono e pensou que havia feito tudo errado. Não importava que as coisas tivessem fim, ele deveria ter aproveitado o que a vida ofereceu.
Resolveu mudar radicalmente. Agora tinha certeza de que a vida ia esfarelar.
Começou a viver... bebia, cantava, dançava, escutava música no talo. Passou a comer coisas que nunca havia comido. Viajou pra lugares que nunca sequer imaginava que existiam. Saltou de bungee jumping, paraquedas, aprendeu a pilotar, tocar violão, piano, guitarra, cítara... Se ocupava a maior parte do tempo possível enquanto fazia as sessões de radioterapia.
Dois anos se passaram e seu câncer havia regredido. Os médicos não sabiam explicar por que. E ele seguiu aproveitando até os dias de hoje.
As coisas continuavam com seus prazos de validade mas ele aprendeu o valor da vida vivendo, amando e aprendendo.


Esta é uma história de ficção mas poderia ser verdade!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tudo pro ano que vem


Eu sempre acreditei
Que pudesse ser feliz
Mesmo que a vida
Passasse diante do meu nariz.

Eu sempre imaginei
Que pudesse encontrar alguém
Mesmo que na multidão
Eu não enxergasse ninguém...

O amor que eu tenho
Pelo meu amor
Que eu ainda não tenho.

Eu sempre deixei
Tudo pro ano que vem
Agora quero o mundo
E tudo bem.

Letra encontrada nos meus rabiscos de 2005. Acabou de ganhar música.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Toca Raul 2

Minha participação na segunda edição do show Toca Raul! MDC da minha vida! Valeu Janu Uberti, Renato Mirailh e Canal 1!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Aham

Me digam em que lugar do dicionário está a palavra "aham"? Ok, ela apareceu no dicionário informal de uns tempos pra cá!
Do lugar onde venho isso aí mais poderia ser um espirro(risos). A primeira vez que ouvi essa palavra não foi uma emoção mas, um susto. Acredito que tenha sido pelo ano de 1996, mais precisamente. Hoje é comum entre os jovens e, pasmem, também entre os mais velhos(risos).
Com meu filho de 3 anos não foi diferente: filho, tu quer suco? "Aham"!(rsrsrs) É uma epidemia de "ahans". Vou confessar uma coisa: nunca falei aham! Ou é sim ou é não! Não sou acostumado mas quem sabe um dia eu me renda já que a palavrinha faz tanto sucesso! O Humberto Gessinger falou numa entrevista que nunca tinha feito uma canção com a palavra "baby". Mais tarde fez a conveniente Vida Real! Eu nunca falei 'aham', oras!
Já pensou num casamento: Ricardo Paulo, aceita Carla Renata como sua legítima esposa? Aham! E a palavra reverbera pelos quatro cantos da igreja lotada! O pai da noiva fuzila o futuro genro com os olhos imaginando que aquilo tinha sido um arroto(risos).
É, meu amigo, são essas pequenas coisas que fazem a vida valer a pena!
Aham...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do amigo

Como se mede a intensidade de uma amizade? Amizade é compartilhar as coisas? Ter o mesmo pensamento? Gostar das mesmas coisas? Sim, é tudo isso e mais um monte!
Tenho amigos que passa o tempo e a amizade continua, inabalável. Tenho amigos que, infelizmente, o destino nos colocou a prova, e apesar dos obstáculos, continuamos juntos. Ganham se amigos e perdem se amigos. Todo dia. Toda hora. Tenho todo tipo de amigos: músicos, artistas de profissão e fora dela, escritores, poetas, médicos, engenheiros, advogados, pintores, pedreiros, motoboys... amigos do dia-a-dia. Do papo na esquina, no elevador, no corredor, no consultório. Agora tem aqueles amigos que você conhece há anos, que vem da infância, de um túnel do tempo imaginário.
Tenho um amigo de longa data e quase não nos falamos faz tempo. Tive o prazer de conviver um período significativo pra mim e depois bastante turbulento pra ele. Mas estávamos lá e sempre que podia a gente se ajudava. Esse amigo tinha uma tese especial empregada na amizade, nas amizades sinceras. Amigos que valessem a pena eram "medidos"assim, pela tese que vou falar, quanto aos outros, parceiros de festa, não entravam nessa "lista".
As amizades continuavam com o tempo e cada vez que alguém aprontasse alguma, esse descuido era medido, sim, medido e o tal "amigo" caia um pouco em seu conceito, dependendo da gravidade do fato. Se o mesmo amigo fizesse uma coisa positiva subia de novo(risos). E assim ele ia filtrando seus verdadeiros amigos. Restaram poucos, eu sei, mas se evitou um monte de aborrecimento e desentendimentos.
Amigo, se estiver lendo isso saiba que sou teu fã a aprendi muito contigo.
Feliz dia do amigo!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Batatas no forno


Ingredientes:


- 4 batatas inglesas grandes
- Requeijão Cheddar
- Maionese
- Frango desfiado
- Salsinha
- Pepinos em conserva
- Azeite de oliva


Preparo:


- Lave bem as batatas e após secar enrole-as com papel alumínio; coloque-as numa assadeira e no forno à 250º por uma hora e 10 minutos, mais ou menos( foi o tempo que eu deixei). Com um garfo de churrasco finque as batatas de vez em quando para ver se estão macias.


Prepare o molho:


Numa tigela misture 3 colheres sopa de requeijão cheddar e duas colheres sopa de maionese. Misture até engrossar. Acrescente o frango desfiado(eu compro o frango desfiado de caixinha) e continue mexendo. Salpique um pouco de tempero verde e alguns fios de azeite de oliva. Pegue um pepino em conserva e corte bem picadinho como se cortasse alho. Ponha na tigela e misture. Está pronto.


... Uma hora e 10 minutos depois, retire a batata do forno e com paciência o papel alumínio(CUIDADO pra não se queimar). 


Leve a batata no prato e corte-a em cruz, como na foto. Despeje o molho em cima. Depois me conte o que aconteceu.


Porção para duas pessoas.


Voltaremos!

domingo, 17 de julho de 2011

Devaneios

Escrever, escrever, escrever... por que? Porque me apraz. Liberta as amarras da imaginação. Talvez não tenha sentido algum. Talvez você entenda de uma forma diferente. Talvez te atinja o coração, a mente, o sangue, os músculos... quem sabe o ouvido. Tomara que seja o ouvido e o coração!
Por que fazemos música? Pra mostrar? Pra guardar? Prum dia importante? Quero que alguém veja, escute e diga: você conseguiu traduzir o que eu queria dizer, de uma forma tão simples. Ter alguma coisa pra dizer não é nada se não tiver alguém pra escutar. E "talvez" exista por aí milhares de pessoas que possam se identificar com isso, com aquilo que você quer falar.
Por que cantamos músicas dos outros? Boa pergunta! No inicio eu queria aprender, não importa que músicas fossem. Mais tarde fui me aproximando de um lugar que me levaram e, quem sabe, queria ficar. Bem depois, visitei outros lugares e descobri que não era ali. A visitação continuava, sem sucesso, sem pressa e despretensiosa. Percorri diversos caminhos até chegar na praia. Onda após onda minha estrada estava marcada. Pegadas na areia, rastros deixados de uma vida que termina em... música!
Quando uma canção termina outra acaba de começar...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"Obrigado, papai do céu"

Toda vez que procuro uma vaga no estacionamento do shopping, minha filha, Bia, de 4 anos, agradece dizendo "obrigado, papai do céu, por guardar um lugarzinho pra nós"!
Dia desses estava em Alegrete onde ia tocar num Pub local e, ao chegarmos na cidade(minha filha não estava) circulando a praça(o Pub fica em frente a praça principal) notamos que não havia mesmo vagas disponíveis naquela área. Consegui estacionar o carro só três quarteirões adiante. Fomos passar som, jantar e rumamos pro hotel, naquele velho ritual conhecido de uma banda.
Bom, cochilo pra cá, cochilo pra lá, banho, produção de moda(risos) e voltamos pro pub. Lá estávamos nós circulando outra vez a praça que continuava cheia de carros. No que fiz a volta comentei com o pessoal da banda essa "historinha" da Bia. Eles riram e qual não foi a surpresa geral quando avistamos uma vaga bem em frente onde iamos tocar? Ei, funciona! Todo mundo falou(risos).

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sons

Existem sons que fascinam a gente. Sons da natureza. E outros que nós mesmos produzimos.
Deitado vendo um filme noite dessas ouvi o som de uma bebida sendo servida num copo e percebi o quanto esse som é prazeroso, relaxante... talvez me faça querer tomar vinho, ou água. O som da água é uma coisa interessante. O barulho que ela faz quando entornada a um copo, se chocando com o gelo. Numa cachoeira. O som do mar. O som do mar na concha. Sons que acalmam ou que dizem 'amanhã um novo dia virá'.
E depois do som da água não poderia deixar de falar do elemento que briga diretamente com ela: o fogo! O som do fogo ao digladiar com a lenha é algo fora do comum. Um som único.
Existem sons tão singulares que me fazem abster das notas musicais. Agora se você bater num copo irei instantaneamente pensar nisso(risos).
Você já ouviu um som e foi transportado pra longe?
Pois é...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia mundial do rock

Acho que todos tem histórias particulares ou não sobre como o rock entrou em suas vidas. E depois que ele entra, meu amigo, não sai mais. É vício! O rock é embalado pelo destino. Você está lá ouvindo Fábio Jr. e um disco de rock cai em suas mãos, como se caísse do céu ou algo assim. Olha, nada contra Fábio Jr., o foco aqui é o rock(risos).
Conheço um monte de gente que faz música que gostaria de fazer rock. O rock é limitado e amplo, um verdadeiro paradoxo onde bastam 3 acordes para definir tudo e se você ainda não estiver satisfeito pode acrescentar um quarto.
A história do rock é genial, grandes bandas, grandes artistas e gênios, que criaram tendências, experimentalismos, moda sonora e visual, atitudes marrentas e politizadas. O rock levantou a
bandeira do paz e amor, participou da revolução sexual. O rock passou por tudo isso. O rock enfrentou tsunamis, furacões e terremotos, Restarts e outros gêneros. Emprestou seu talento ao pop. Levou seu peso ao jazz fusion. O rock passou pela bossa nova, MPB, viajou o mundo e tocou naquele radinho AM lá no sovaco da cobra.
Não há lugar onde possa se esconder. O rock te acha.
Como diriam os Mutantes: "posso perder minha mulher, minha mãe... desde que eu tenha o meu Rock and roll"!
Hasta.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Telhados de Paris



Participação especial no show beneficente Janu & Convidados no Theatro 13 de maio. Valeu Janu!

Filme

Sou um cinéfilo inveterado. Tem fases em que vejo mais filmes do que escuto música. E olha que na minha condição isso soa bastante estranho. Aprendi a gostar de filmes e decorar o nome dos atores com minha mãe. Quando determinado ator entrava em cena ela falava: Robert de Niro!
Lembro que gostávamos muito de filmes de terror. Depois que nasceram meus filhos passei a evitar esses tipos de filmes. O mais próximo que chego disso é ver um suspense.
Perdi a conta de quantas vezes assisti alguns filmes. Filmes como "Fuga de Alcatraz", "Um sonho de liberdade", a trilogia Indiana Jones, "Perfume de mulher", "A força do destino" - pra citar alguns - assisti mais de vinte vezes(risos). Ah, e curto muito os filmes nacionais também.
Depois de um show pode ser um momento perfeito para um filme.
Ah, sem pipoca. Chocolate, talvez...

sábado, 9 de julho de 2011

De camarote

É engraçado, sempre que alguém termina um relacionamento aparece uma legião de "descontentes", com esse tipo de frase: "eu não gostava dele(a) mesmo", "não combinava contigo", "ah, eu achava que vocês não tinham nada a ver"... inclusive gente da própria família. Por que essas pessoas nunca se manifestaram antes, né? Já nasceram com estômago tolerável!
Aí, então depois que ouvem a versão de uma das partes meu Deus do céu, passam a odiar a(o) outra(o). Como se a história bem contada fosse o suprassumo da verdade, absoluta! Uma turma aparelhada com um arsenal de julgamento. Deviam trabalhar num juri.
Gostaria de perguntar a cada uma delas aonde fica o amor no meio disso tudo? Porque a paixão, o desejo, a vontade de permanecer juntos só existia para essas duas pessoas. A galera da arquibancada assistia o filme na versão implícita.
Logo que essas duas pessoas terminam o relacionamento fica um carente pra cá e um carente pra lá. E do lado de fora uma fila de "o próximo" querendo pegar o lugar do anterior. Não se pode nem respirar. Perder tempo pra quê? Viver como antigamente já era. 
Faça uma enquete na sua vida, a torcida dos que são contra é imensa, maior que a do Corinthians! Já a dos que são a favor se conta nos dedos. Talvez a sua mãe ou o seu pai. Quem sabe a sua avó, que ainda acredita que no tempo dela "tudo" era diferente.
Fico pensando comigo mesmo, como é fácil julgar os outros, né?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Presságio musical?

Caminhando em direção ao centro, ainda próximo de onde moro, escutei uma melodia sendo assobiada, e muito bem entoada, por um senhor. Não demorou quase nada pra que eu reconhecesse a música: Amigos para sempre! Olhei para o tal senhor e falei "amigos para sempre", ele sorriu e entrou num carro. Não foi assim que aconteceu realmente, mas era o que poderia ter sido. Se eu tivesse escrito que aconteceu vocês acreditariam, né?
A melodia apenas fez a mente funcionar e ainda me "deu" alguns segundos para responder o nome da canção. Poderia ter pensado em algum amigo logo que a ouvi mas nada me ocorreu. Mas não é por falta de amigos(risos).
Maravilhoso poder escutar alguém assobiando em brados, feliz, aquela hora da tarde.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Descontração

Foto tirada pelo meu amigo Gustavo Larré no Moinho Bar e Petiscaria num dos shows semana passada.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma nova emoção

Não conheço o Rio de Janeiro! Sempre tive vontade de conhecer. Bom, o Rio de Janeiro também não me conhece. E o resto do Brasil então? Também não conheço. Mas ele também não me conhece. Não sei o que é pior, eu não conhecer o Brasil ou ele não me conhecer? Parece pretensioso isso mas não é. Ao invés do pior pelo menos sei o que é melhor.
Nessa nossa vida de músico, que não é nada fácil, o bacana é viajar e conhecer "lugares", distantes ou não, por aí. Esse é o barato, que na verdade sai caro. Quanto mais longe mais custos. Isso inviabiliza às vezes de o artista cantar em outras culturas, por exemplo.
Do tempo em que eu dormia com a foto de uma guitarra embaixo do travesseiro nada ainda me impede de sonhar. E olha quanto já consegui.
Espero poder continuar conhecendo lugares e levando minha música pra outras pessoas. Não acho que cantar "Amigo Punk" aqui, Porto Alegre, Alegrete, São Gabriel, Tupanciretã, Uruguaiana, seja a mesma coisa. Pode ser a mesma música mas sempre será uma nova emoção...

sábado, 11 de junho de 2011

Mascote

O dia em que uma lagartixa viajou dentro do meu cubo de guitarra! Pura verdade! Tenho testemunhas, viu?(risos).
Coloquei as coisas no carro, como sempre faço, equipamentos, instrumentos, etc, e não percebi nada. Passei na casa de um colega, que iria me acompanhar e pegamos a estrada. Fomos a Tupanciretã, uns 100 quilômetros de Santa Maria, tocar num bar local chamado Botequim. Chegando lá, descarregamos tudo e iniciamos a montagem do palco. Foi aí que notei, na grade do cubo de guitarra(tem uma grade que protege os falantes) uma coisinha verde(risos) cheias de listras. Bom, tive medo de que ela entrasse por um orifício que havia ali e pudesse danificar os circuitos então, tentei sacudir o cubo pra que ela saísse. Que nada, o bicho ficava ali, imóvel, indefectível. Virei o cubo de cabeça pra baixo e nenhum sinal. Pensei, na hora do som começar ela terá de sair. Acreditem que ela ficou o show inteirinho lá?(risos). Será que gostou das músicas? Repertório reptiliano?
Guardamos o equipamento no carro e voltamos...
Já em casa, descansei o cubo no mesmo lugar que ele costuma ficar, embaixo da estante. Busquei uma chave Philips e abri a grade. Consegui pega-la. Tirei-a com todo o cuidado e a coloquei na churrasqueira onde tem plantas e talvez, outros insetos pra que ela pudesse se alimentar. Depois dessa viagem toda ela poderia estar com fome(risos). Eu estava...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Walkman

Portabilidade é uma coisa maravilhosa! A gente carrega tudo no celular, no laptopo, no Ipad, etc. No inicinho ali dos anos 90 não era tão simples assim mas, existia uma coisa genial chamada "Walkman" que era o sinônimo de portabilidade daquele momento. Sempre que eu ia viajar gostava de "preparar" uma fitinha cassete com minhas músicas favoritas. Quando a viagem ficava monótona ou os assuntos encerravam era só escolher uma fita pra tocar. Às vezes passava horas ouvindo a mesma música voltando ela no aparelho. Isso quando não gravava a fita toda só com uma música(risos).

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Felicidade

Qual será o motivo de tanta busca? Por que buscamos a felicidade plena se ela não existe? Os momentos são pequeníssimos eu sei, instantes que se vão. Ainda assim lutamos por algo maior, que valha a pena. A vida é mesmo frágil, como um inseto, não um simples inseto mas uma borboleta, cheia de cores vivas. 
Cada um de nós tem motivos secretos - ou nem tão secretos - de felicidade. É diferente pra cada pessoa. Mesmo com tanta maldade neste mundo corremos atrás de amor sem saber, que às vezes nem é preciso. Ele está no ar. Ele vive no ar.
A felicidade reside nas pequenas coisas... ela pode estar numa simples guerra de travesseiros. Num jogo de xadrez. Num show de rock. Banho de rio. Batata frita...
Nem precisamos fazer força e, lá está ela... a felicidade!
Todos os dias enfrentamos o desconhecido. Seja uma conta inesperada, uma notícia atrasada. Seja algo que aconteceu sem mais nem menos.
Sempre haverá motivos pra amenizar a situação. Uma palavra. Um sorriso. Uma ajuda. Uma mão estendida... um abraço reconfortante.
Somos teimosos, queremos que tudo saia perfeito. Do nosso jeito. E está tudo aqui, ao alcance de nossas mãos... bem perto.

sábado, 28 de maio de 2011

Livro novo

Quase sempre que adquiro um livro demoro algum tempo para mergulhar nele. Claro, depende muito do assunto, se for música vou de cabeça(risos). Tenho uma mania não muito comum de grifar as frases que me chamaram a atenção, aquelas mais interessantes. Algum tempo depois quando o pego novamente(o livro) surge uma nova proposta, novas palavras e uma outra visão. Isso é bacana e me acrescenta uma pitada de inspiração para escrever ou compor. Por isso não devemos deixar de ler. É escolher o assunto que mais lhe agrada e mãos à obra. Às vezes é difícil reservar um tempinho pra ler mas tente, a recompensa será maior. 

domingo, 22 de maio de 2011

Um pouquinho de vida

Minha avó sempre dava um jeito de me mimar a maneira dela. Vamos voltar um pouquinho pra quando eu era adolescente. A atenção que ela tinha comigo ia muito além. Chegava a ser engraçado, às vezes. Ela sempre dava um jeito de me "cuidar" melhor! Tipo, se tinha muito sol pedia pra eu usar o boné. Chuva, guarda-chuva. Perguntava se eu tinha dinheiro para o lanche, essas coisas, coisas de vó! Na maioria das vezes - quase sempre - eu investia o dinheiro que ela me dava pra comprar revistas de músicas. Aqueles livrinhos que ainda hoje existem, com as letras e os acordes das músicas. Tenho uma caixa daquilo. Percebe-se que "gastei" muita grana nisso(risos). Quando não eram revistas e livros eram discos. Sim, naquele tempo era vinil. Ficava com um remorso gigantesco por ter gasto o dinheiro que deveria ser para o lanche(risos).
Minha avó ainda está viva e neste ano, se Deus quiser, irá completar 88 anos. Tenho o maior orgulho dela e me dói muito em não poder manter o diálogo porque ela já não escuta tão bem.
Fico me perguntando por que a gente se afasta das pessoas mais velhas. Você não se pergunta?

domingo, 15 de maio de 2011

Hotel Hi-tech

Uma vez fomos tocar noutra cidade e ficamos num hotel pra lá de especial(risos). Parecia um hotel como qualquer outro mas logo na chegada percebemos que não era: um manobrista me pediu para estacionar o carro. Não estava, não estou, acostumado com essas gentilezas(risos, de novo). Na hora de fazer o cadastro foi tranquilo até a hora de assinar e pegar as chaves do quarto! Chaves? Que chaves? Eram cartões magnéticos! Bom, modernidade, né? Vamos lá! Conseguimos abrir a porta com um toque. Menos mal. Assim que entramos no quarto notamos a ausência da luz. Bora lá tocar o interruptor. Mas cadê ele? Ficamos uma meia hora tateando as paredes procurando(risos). Descobrimos depois de suar um pouco e através de um funcionário do hotel que era preciso botar o cartão dentro do quarto para acender as luzes. Essa não! Ainda bem que o restante da noite não teve mais surpresas. Tocamos o show e pena, tivemos que ir embora não podendo ficar e desfrutar melhor desse hotel. Prometemos nunca contar este fato pra ninguém... estou quebrando a promessa!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Chaves e afins

Quando estava saindo do carro quase ia esquecendo de pegar minhas chaves. As chaves de casa! Tive um "insight"! Da entrada do prédio até o apartamento comecei a formular o que viria ser um ótimo tema pra este post! Como somos escravos das chaves, né? Temos chaves pra tudo. Casa(apartamento), carro, portas, gavetas, armários, cofres, coração... ops, eu disse coração? Pois é, é isso mesmo que você leu! O nosso coração também tem chave! Ainda bem que não está ao alcance de qualquer um. Somente uma pessoa bastante especial para obtê-la.
Bom, voltando a falar de chaves e segredos... também somos escravos das senhas, números ou palavras que temos que guardar pro resto da vida e, talvez nunca compartilhemos com ninguém. Segredos intocáveis que podem até nos fazer perder o sono. Que coisa, né? Escravos do controle remoto, do dinheiro, nossa, a lista vai longe! Se pudéssemos prescindir disso tudo, será que não ficaríamos mais leves? Deixaríamos de nos preocupar a toa? Ou ficaríamos realmente mais preocupados?
Amigos, tá na minha hora! Tenho um evento pra tocar agora! Um bom findi pra vocês!
Ciao!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Discussões

Uma discussão que parece não ter fim, e não terá mesmo: músicos formados versus músicos não formados e, músicos que fazem da música exclusivamente sua profissão versus pessoas formadas e atuantes em outras profissões também usando a música como fonte de renda extra! Vai dar o que falar, né? Não esquecendo que o músico não formado pode, evidentemente, trabalhar e depender da música, que é o meu caso. O que acontece, explicando ou tentando explicar a primeira parte, é que a formação não é tudo! Não estou dizendo que ela não é importante. É sim! A formação te dá muita teoria e alguma prática e pode ser que alguém ache ridículo o que estou falando mas, a prática que existe é aquela de estudar, estudar, estudar. E acho que do lado de cá não é muito diferente porque se precisa ensaiar, ensaiar, ensaiar... 
Olha, existem músicos não formados talentosos pra caramba! E já vi músicos formados não serem tão bons! E o inverso existe, claro. Como disse, não é uma regra mas uma explanação. Optamos pela formação pra ter um embasamento musical aprofundado. Trabalhar e melhorar a questão técnica, vocal e instrumental. Histórias da música, seu surgimento. O lado de cá é bem diferente. A estrada te dá bagagem, seja ela positiva ou negativa, dependendo das circunstâncias. E coisas que vão acontecendo só com o passar do tempo. E tudo, claro, é o fato de como você encara tudo isso. Sucesso, fracasso, solidão, multidão, bebidas, viagens, hotéis, distância da família, estrada... às vezes só com um bom condicionamento psicológico pra escapar ileso. 
Tenho amigos músicos formados que são excelentes profissionais, seja pra ensinar ou pra tocar. São competentes e esforçados, criteriosos e bastante perfeccionistas. E aliando esta técnica do conhecimento teórico mais a bagagem musical se torna um músico quase perfeito.
A segunda parte desta discussão é aquelas pessoas que têm o talento natural latente mas, por obrigação da familia ou por outros caminhos resolveram estudar, se formar e seguir outra profissão. De repente aparecem tocando e montando banda. Não os culpo e nem acho errado. Confesso que já perdi noites de sono por esse assunto. Mas não vale a pena. Não vai mudar.
Não sei se foi bem assim mas, vou contar o que me contaram: em 1960, em plena ditadura, existiam tantos artistas e cada vez mais novos iam surgindo que o governo criou um orgão para credenciar e organizar esse crescimento. Assim foi criada a Ordem dos Músicos do Brasil(OMB). Não vou entrar no (des) mérito da questão mas, por um tempo a "coisa" foi organizada. Só podia tocar quem tinha a tal carteirinha da Ordem. Essa Ordem possuia um delegado e uma banca, onde eram feitas as audições e as provas. Existiam duas categorias: prática e de quadro. A categoria prática era pro músico não formado e a de quadro pro músico formado. Essa Ordem cobrava uma anuidade, uma espécie de imposto pelo credenciamento e não dava nada a mais além de, uma vez paga a anuidade, fazer o que bem entendesse. Estar apto e, perante a lei, autorizado a tocar por aí.
O que aconteceu a seguir é que essa Ordem não dava nada em troca além da permissão de tocar. Aposentadoria, plano de saúde, dentista, seguro, nada. Muitos "artistas" foram deixando de pagar pelo surgimento de novos talentos que não possuiam essa credencial e estavam num bar tocando enquanto muitos, que pagavam e estavam em dia, ficavam em casa. Já disse, não os culpo. Conheço muita gente que pagaria pra tocar!
Continua...

sábado, 30 de abril de 2011

Sem tempo

Meu relógio de pulso quebrou! Ainda assim não saio sem ele. Me sinto quase nu.
Preciso mandar consertar mas to sem tempo.
Pensando bem, deixa assim: pelo menos duas vezes por dia ele acerta!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Patrimônio público

Você sabe quanto custa o material usado no trânsito?
Na revista Mundo Estranho deste mês há uma matéria sobre o assunto que vale a pena conferir:


Cone - R$ 50
Cavalete - R$ 52
Lâmpada - R$ 45
Poste - R$ 586
Semáforo - R$ 500 a R$ 800
Lixeira - R$ 60
Orelhão(telefone público) - R$ 866
Placa(de trânsito) - R$ 75

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Metamorfose ambulante

Demoro algum tempo pra perceber uma música, seja ela antiga ou nova. Existe uma urgência pra tirar canções novas mas, ainda assim, tenho minha velocidade. E chega a ser engraçado, a canção me pega pelo momento, estado de espírito talvez. Passou um monte de vezes no meu ouvido e nada. Em outra ocasião chegou de uma forma sutil e estranhamente nova. E acredito que essas coisas aconteçam exatamente desse jeito. Como se o velho fosse novidade! Mas por isso revisitamos canções. Mudamos o tom, a forma de cantar, o arranjo e tudo fica novo, renovado!
No meu dia-a-dia já deixei diversas músicas pra trás! Listas enormes de músicas que entrariam no repertório! Às vezes pedidos de pessoas, ou músicas que estão tocando nas rádios. Ora sigo um critério, uma seleção, ora prefiro não ter regras. Mas o lance de ser músico é isso: uma camaleonice, já inventando um neologismo!
Dizia Raul Seixas: "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante"...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bullying

Quando garoto era ora tímido ora comunicativo. Somente me soltava na presença dos amigos mais chegados. Sempre fui muito magro e por causa da singular silhueta era constantemente alvo de todo tipo de brincadeiras e apelidos. A imaginação das crianças naquela época corria solta(risos). Pudera, não tinhamos acesso a nenhum tipo de tecnologia. Só restava a imaginação mesmo. Perdi a conta de quantas vezes fugi dos valentões do colégio. Parece que eu os atraía facilmente. Lembro de um episódio em que tive de me esconder na casa de uma colega até o valentão - cansar e - ir embora.
Tive uma criação bastante ortodoxa devido meu pai ter tido a dele. 
Não existia uma preparação para o que viria a acontecer na escola: achava que seria um lugar pra estudar, fazer amizade, esportes, etc.
O que acontecia também, e essa era a parte boa, era que havia uma forma de brincadeiras perfeitamente saudáveis, de "mexer" com os amigos, colegas da mesma turma. Claro que, às vezes, as coisas fugiam um pouco do controle e a gota transbordava a taça do sofrimento. Não foi fácil para mim como acredito não ter sido fácil pra muita gente.
Essa "perseguição" só acabou ou diminuiu quando me tornei mais popular na escola. Primeiro através do desenho e depois pela música. Estava sempre participando de concursos de desenhos representando a escola e mais tarde os shows de calouros. Se bem que isso despertava a ira "daquela turma" outra vez: a dos valentões! Ser notado na chegada, hora do recreio e na saída da escola pelas meninas já bastava pros valentões pegarem no meu pé novamente. Era complicado ficar e enfrentar já que andavam em número maior. Me restava ficar e apanhar ou fugir. Quando conseguia escolhia a segunda opção já que a primeira era contra meus princípios.
Passei um tempo assim até as coisas melhorarem. Mudar de escola pode ser melhor ou simplesmente ser... o fim! Um saco de pancadas e uma salada de imaginações completamente novas. Um repertório atualizado daquilo que você conhecia bem, e detestava.
Resolvi criar um campo de força a minha volta. Selecionava o que queria ouvir e usei a arte para minha proteção assim como filtrava melhor as amizades.
Não morri por isso, e acredito que não me fez muito mal, a não ser em alguns momentos. Acho que podemos vencer essa questão através de uma boa educação familiar e um embasamento psicológico dotado de amor e carinho! Pra que nossos filhos não precisem passar o mesmo que passamos. Pra gerar mais harmonia e respeito no ambiente educacional de nosso país.
Devemos parar com isso!

Café da Praça

Essa semana realizei um sonho propriamente particular. Desde que conheci - e passei a frequentar - o Café da Praça em Uruguaiana, ficava imaginando o lugar com música ao vivo. Dos dias que fiquei em Uruguaiana no período do carnaval fui quase todos os dias no café. É bem verdade que era o único lugar que "pegava" rede sem fio(risos). Mas não era "só" por isso e sim pela simpatia do lugar, pelo cardápio interessante e local aconchegante. Um lugar para encontrar os amigos e vislumbrar a praça.
Finalmente acabei conhecendo os proprietários do café. Me apresentei e sugeri a ideia da música: um happy hour musical no formato violão e voz!
Marcamos o show pro dia seguinte e no dia, deu tudo certo! O show foi bem bacana, com público seleto, aplausos e pedidos de músicas. Meu pai, minha mãe e meus irmãos foram lá me prestigiar!
Pena que a apresentação durou pouco! Na verdade era pro show ter duração de duas horas mas me empolguei tanto que acabei por tocar uma hora a mais!
Um obrigado especial a minha familia que estava lá me apoiando e aos proprietários pela oportunidade de mais uma vez poder mostrar meu talento!

sábado, 16 de abril de 2011

Queridos pais

Olha o que descobri no twitter:


A princesa Jasmin namorava um mendigo chamado Aladin.
A Branca de Neve morava sozinha com 7 homens.
Pinóquio era um mentiroso.
Robin Hood era um ladrão.
Tarzan andava seminu pela selva.
A Ariel brigou com o pai, se drogou e saiu de casa.
Um estranho beijou a bela adormecida e ela se casou com ele.
Cinderela mentiu e saiu escondida pra ir a uma festa.


Não é a toa que seu filho é rebelde...





quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ser músico

Este título poderia sugerir uma infinidade de boas conotações, revelando e enaltecendo o lado positivo da profissão. Porque muitas vezes o "artista" é visto como uma pessoa iluminada, completamente desprovido de defeitos. Entretanto sua vida normal/pessoal permanece à sombra, resguardada a poucos privilegiados acessíveis. Que o músico é um ser iluminado não resta dúvida! Usar este DOM é uma verdadeira forma de amor: compor, tocar, cantar!
Mas ser músico não é só isso. Já dizia um velho amigo: "pra ser músico você tem que precisar da música"! Não se engane amigo, é um árduo caminho! Vou dizer pra alguns o que acho! Quem realmente leva o negócio a sério! Porque tem gente que não está nem aí!
A música é uma profissão como qualquer outra, salvo a diversão - nem sempre garantida - também com cumprimento de horários, compromissos, etc. Veja bem, estou deliberando pra quem - ainda - leva a vida de músico a sério. É bem verdade que nos divertimos. Mas nosso divertimento é controlado. Pode ser até superficial, que tal? Temos que estar controlados, concentrados no que estamos fazendo. Afinal estamos cantando, tocando, notas musicais, letras de música. Não podemos "assassinar" tudo isso. Me perdoem a palavra, foi assustadora mas inevitável.
Antes de formular este post tinha uma lista de coisas que queria dizer e ninguém disse. Que alguns iam escutar outros não iam dar bola mas, pensando bem, não vale a pena. O mundo segue do mesmo jeito que é. A questão é, será que algum dia alguém vai se importar?

domingo, 3 de abril de 2011

Primeiro de abril - Atrasado

Salário mínimo sobe pra mil reais!
Bill Gates fica pobre!
Osama Bin Laden é encontrado, presta depoimento e é liberado!
Mc Donalds agora vende cerveja: Polar de litro a 50 centavos!
Preço da gasolina baixa pra 80 centavos o litro!
Não existirá mais discórdia no mundo!
Nem fome!
E nem solidão!
E pra mim, a melhor de todas:


Recentemente foi descoberta uma ilha, na região do Triângulo das Bermudas, no Atlântico, notoriamente habitada por moradores ilustres.
São eles: Elvis Presley, John Lennon, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain, Bob Marley, Mamonas Assassinas, Renato Russo, Cazuza, Cássia Eller, Ulysses Guimarães, Ayrton Senna, entre outros!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sonho

Você já se imaginou vivendo outra vida? Com outra profissão? Pois é, pouca gente tem essa decisão formada desde antes da adolescência. Os que sobraram seguem o andar da carruagem, só vindo a descobrir mais tarde. Mas e aí? Você se formou, virou advogado, médico, engenheiro, professor, biólogo, etc. será que você está nessa porque seu pai, sua familia queria muito? Olha eu querendo mudar a profissão das pessoas(risos). Que isso, só quero propor uma reflexãozinha de nada. Tem pessoas que são indecisas, né? Demoram, demoram e nada. Vão no impulso!
Eu queria ser piloto de Fórmula 1! Queria muito! Acordava cedo todo domingo(risos) pra não perder as corridas. Depois inventei de desenhar. Criava gibis, rabiscava uns retratos. A familia e os amigos levavam fé! Quando descobri a música tinha pensado em várias alternativas até me render completamente a ela. Estava tão latente que não parou mais.
O que era talento se tornou profissão e o resto foi esquecido. Estou feliz fazendo o que gosto! Agradeço a Deus por me deixar fazer o que nasci pra fazer!
Mas e você, está fazendo o que sempre sonhou?

terça-feira, 22 de março de 2011

II - Tecla Pause

Este post era pra ter sido escrito antes, mas os fatos que foram acontecendo mudaram um pouco a ordem das coisas então, aí vai...


Como tem acontecido desde que me mudei pra Santa Maria - vivo aqui há exatos 11 anos - aproveito o período de carnaval, em que tudo desacelera, ou simplesmente nada acontece, pra visitar minha familia na minha terra natal, Uruguaiana.
Cada vez que a visito é uma nova sensação, um reencontro fascinante. Ver os amigos que tanto me inspiraram, impulsionaram a seguir esse caminho de ser músico. Ver minha familia, meus pais e tios, é sempre revigorante! Os mates na calçada. O churrasco reunindo toda a turma. Meu pai falando a famosa frase após o almoço: "comi como um arcebisto metropolitano"(risos)! Ah, não tem preço!
O que vinha ocorrendo todas as vezes em que ia pra lá era de me estressar, ficar chateado ou entediado. Ficava 2 dias e já queria voltar(risos). Levei muito tempo pra me dar conta. Bem a verdade eu tinha um conflito interno com "minha" cidade: onde não fui valorizado, poucas oportunidades de trabalho musical, enfim. E por um tempo carregava isso comigo. Não que me incomodasse mas, em algum momento isso tava ali, vindo a se manifestar de repente. Qual minha surpresa quando solucionei a questão aceitando as coisas como são, ou como aconteceram. Nada era minha culpa e nem a cidade merecia ser pré julgada. As circunstâncias me fizeram partir e isso acontece em toda cidade "pequena". Você ir prum centro maior onde tem mais chances de alcançar a plenitude, no meu caso, profissional.
Pela primeira vez não queria voltar. Queria ficar um pouco mais. Descansar. Curtir mais a familia e meu "novo" amor! 
Foi bom ter voltado com a sensação de renovação e com a cuca limpa! Pronto pra recomeçar tudo de novo!

sábado, 19 de março de 2011

Non 100 se

100 palavras, 100 por que
100 %, 100 se arrepender.

100 nada, 100
100 rumo, 100.

100 razão, 100 poesia
100 chão, 100 fantasia.

100 grana, 100 pano pra manga
100 galho, 100 essa
100 pressa.

100 amor, 100 sabor
100 sível, 100 significado
100 tido
Non 100 se.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Há bares que vem pra bem - Parte 2

Seguindo o mesmo tema proposto no "Manual de bons modos"... ali tem coisa que pode até ser verdade, ou não ser "tudo" verdade. É uma questão de ajuste.
Realmente existem pessoas que "passam" dos limites mas, num lugar que oferece bebida alcoolica você quer o quê?! Depois de umas e "muitas", qualquer situação movimentada a partir das duas da manhã será dificilmente evitada. Isso é uma questão de bom senso!
Cantar "Parabéns a você" durante uma música já é de praxe. No início eu ficava puto mas agora eu paro e canto junto(risos). Dá pra acertar com a direção do bar o nome do(a) aniversariante e canta-la numa ocasião combinada.
A famosa "canja" sempre vai existir. Quando começei a tocar em bares eu "emprestava" o palco pra todo mundo. Queria ser gentil e prestativo. Me arrependi, pois o número de pessoas que sabiam tocar era mínimo. A maioria fazia fiasco e queria só aparecer. O que me botava numa saia justa com o dono do estabelecimento. Hoje em dia aprendi a driblar melhor essa história. A canja vai depender do lugar, e pra quem!
O bar é um lugar pra beber, conversar e, escutar música, ou tentar! Isso vai depender da acústica do local. A música ao vivo é um Plus! Lugar pra fazer show é num teatro, boate ou estádio de futebol. Claro que, no bar, vai ter pessoas que não estão nem aí pra você, mas também têm aquelas que vão ali por sua causa, que interagem e pedem músicas.
Continua...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Há bares que vem pra bem

Existem bares e bares. Toquei em bares que o clima era tenso. Outros, inóspito. E isso depende da região ou cidade. Os perfis também impõem como tudo deve ser: a temática, a luz, o som, o volume, a proporção das mesas, etc. Não tem como escapar ileso, - a não ser que você tenha muita grana, que não é o meu caso - quase todo mundo começa de baixo, tocando em lugares com som e decoração precários. No meu caso o som, sempre estava bom, do agrado. E hoje em dia o som está cada vez pior e cada vez melhor(risos). À exigência do ouvido, que deseja mais volume, mais qualidade. Digo pior porque as casas estão investindo mais no lance estético e menos na parte técnica. Na verdade o que observo é um palco pra voz e violão onde colocam bandas. Isso não é uma regra. E o som que comportaria perfeitamente um formato voz e violão está "tentando" aguentar uma banda. E melhor porque a tecnologia sopra a nosso favor. Depende sempre de quanto você quer(e pode) gastar.
A questão das regiões e cidades: essas possuem maneiras peculiares de fala e comportamento. Foram criados e acostumados assim. Não vamos escapar de ouvir "toca Raul" bem aaltoo!
Aqui no sul não há como se livrar do famoso pedido: toca "Amigo Punk"? Ou, "Amigo Punk"! Acreditando que você sabe tocar!
Continua...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Bons modos: manual para os consumidores de música ao vivo em barzinho

Amigos, recebi um scrap de um conhecido/anônimo músico, gostei e passo adiante:


O QUE O PÚBLICO DEVE FAZER


* Respeite o músico como profissional


* Pague o Couvert artístico


* Respeite o estilo do artista e
   não faça pedidos inconvenientes


* Cantar "Parabéns a você"
   no intervalo do show


* Não peça para assumir o microfone
   e/ou violão nos intervalos


* Se você quiser conversar
   escolha um bar sem música ao vivo
   ou escolha uma mesa afastada do palco


* Não tente chamar mais atenção
   que o músico


O QUE A CASA DEVE(IA) OFERECER


* Som e luz compatíveis com a formação(duplas, trios, etc)


* Tratamento acústico de acordo com o espaço


* Palco com dimensões adequadas à formação


* Cachê ou porcentagem mínima da bilheteria
   (Você sabia que as casas costumam ficar com
    parte do Couvert artístico, às vezes até 60%
    do que é cobrado?)


* Redução da luz da platéia e interrupção do
   serviço dos garçons durante a apresentação


* Tempo máximo de duas horas de show,
   incluindo possíveis intervalos


* Alimentação dos músicos


* Pagamento dos direitos autorais


* Contrato assinado

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Projeto Sideman - Bateria em todos os estilos

Divulgando o projeto de um grande músico: Matheus Alves Schuch, o Matheuzinho, conhecido por nós, amigos, músicos e colegas, admiradores de seu imenso talento! Talento esse, não cabível em Santa Maria. Um talento que merece ser apreciado e principalmente, VALORIZADO!
Neste projeto, Matheuzinho mostra sua personalidade colocando sua proposta, sua cara, entre diversas músicas e diferente estilos. Salve o bom gosto e a boa "pegada"!


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sem explicação

Desde que viemos ao mundo, automaticamente, nascemos com a ausência da explicação! Explicação do quê? Ora, de tudo! Por que nasci? Por que meus olhos são castanhos? Por que minha boca é pequena? Bom, algumas respostas nos são respondidas ao longo da vida. Ufa!
Quando entramos na puberdade acontecem as primeiras lições. Com a cabeça um pouco mais madura somos capazes de entender melhor e com ela milhões de dúvidas também surgem. Vocês já notaram que milhares de perguntas não foram respondidas?
No seu primeiro amor: ela foi embora e não me disse nada. Na escola: a professora não explicou direito mas, deixou uma pista. Bendita mensagem subliminar! Os pais do meu melhor amigo se separaram. A Argentina entrou em guerra com a Inglaterra.
Já fui deixado pra trás. E quem não foi? Já me deixaram sem explicação. Não estou esperando pela explicação. Acho que os fatos já explicaram tudo. Não quis ficar comigo? Ora, vai ver foi meu modo de encarar as coisas, ou de não encarar. Não quis ficar contigo? Pois é, alguma coisa teve, né? Ou não teve, que tal? E aí, cada qual pro seu lado, sem explicação. Nenhuminha sequer. Mas essa é a vida. É só embarcar nessa. Boca fechada não entra mosca. A palavra é prata mas o silêncio é OURO! E assim tudo vai, sem explicação. O manual é o nada. Neca de palavra. Às vezes não dá tempo. Noutras falta paciência. Numas não sabemos explicar. Não fomos ensinados a explicar o inexplicável. A melhor de todas as explicações é o OLHAR. Se bateu, bateu. Provavelmente falam o mesmo sotaque.
Nossa, já fiquei sem dar explicação pra tanta gente. Mas também não tive explicação de outras. Será que quita o débito? Gostaria de poder me desculpar. Sei que isso é impossível. Só vivendo tudo de novo. Sei que isso me ajudou de alguma forma a chegar aqui.
Tem tanta coisa que, só por existir já faz sentido. O amor é uma delas!
Agora, aonde quero chegar com tudo isso? Não sei, quase sempre sigo outro rumo, o rumo do teu olhar, por exemplo. É essa direção que dá sentido a tudo, sem precisar explicar nada.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Hoje vou escolher
Um disco pra tocar
Um ombro pra chorar
Um ditado popular
Um chato pra agüentar
Um santo pra rezar.

Hoje vou prometer
Pra alguém vou declarar
O meu modo de amar
Vou esquecer
O que ficou para trás
Palavras boas e más
De dias ruins e irreais...

É só hoje
Amanhã tudo volta pro lugar
É só hoje
Amanhã vai normalizar.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Unnamed song

A partir da minha incursão na literatura Beat, fiz a primeira canção em inglês, que tem cara de blues arrastado:


In a place near/far
You found the key
Perhaps wandering poet
Kicked, hit the crossbar.


Can I take you there
Let you in
Show map map
For you arrive.


A feeling
There is no good
A bitter heart
Accustomed to solitude.


Come with your eyes
His hands
Give you open chest
The music of my heart.



Tradução

Canção sem nome



Num lugar perto/distante
Que você encontrou a chave
Talvez poeta errante
Chutou, bateu na trave.

Posso te levar até lá
Te deixar entrar
Mostrar o mapa do mapa
Pra você chegar.

Um sentimento guardado
Não é bom não
Um coração amargurado
Acostumado a solidão.

Venha com seus olhos,
Suas mãos
Te dou de peito aberto
A música do meu coração.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A medida do amor

Como se mede o amor?
Pela saudade? Pela quantidade de cartas ou emails? Pela distância? Pela reciprocidade? Pelo tamanho da mágoa? Pela intensidade? Pelo tempo? Pela qualidade? Pelo número de serenatas? Pelas loucuras? Pelos aiaiais ou uiuiuis? Pelos erros e acertos? Pelas qualidades do ser amado? Ou pelos defeitos? O amor pode ser medido pelas brigas e voltas? Pelas afinidades? Pelas lembranças boas ou más? Pelos que voltam atrás? Pode ser medido por quem perdoa? Pelos sorrisos? Pelo som do riso, tom da voz? Olhares, silêncios e gestos tímidos?
O amor se presta a tanta coisa. Se fere, se corta, se dilacera, se estraçalha, se enforca e nunca deixa de ser amor. Invulnerável, inacabável, prestes e se machucar. Esse é o AMOR!
Passamos a vida toda a sua procura mas é ele quem nos encontra primeiro. E se você o recusar é solidão certa. Idealizamos um tipo de amor que só existe nos contos de fadas: amor perfeito!
Todos sonhamos e buscamos um GRANDE amor! Esse GRANDE amor só depende de nós, ou do destino, dos signos, dos búzios, das cartas, dos dogmas, das almas gêmeas ou das afinidades. Mas os opostos também poderão dar certo.
Às vezes nos chega até nós um amor mínimo: começa devagar, sem pretensão de ser forte, modesto e não se desenvolve. Já o médio amor, esse sim, ambiciona ser GRANDE.
Médios amores precisam ser regados - todos os dias - demonstrados, discutidos, adoçados... e não pense que é fácil, hein, pois não é. Tudo se dá a quatro mãos. Quando um não quer dois não brigam.
Quem encontrou seu GRANDE AMOR pela primeira vez agradeça e, tome cuidado, pra não perde-lo. É impressionante como algumas pessoas - nesse mundo, nessa terra - nasceram pra se encontrar. E não me pergunte por que, não saberei responder.
Após muitos anos vivendo, amando e aprendendo, e tentando continuar o aprendizado, me deparei com situações bastante parecidas com o que venho aqui relatar. Estamos todos numa busca sem fim até o entendimento total com o ser amado, a felicidade plena, o Nirvana. E digo, não é nada fácil. Mas não é impossível.
Vão existir pessoas que vão tocar o seu corpo! Pessoas que vão tocar o seu coração! E vão existir pessoas capazes de tocar sua alma!
Agora, se um dia você encontrar uma pessoa capaz de tocar as três coisas, tente, lute, pra ficar com ela pra sempre!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Tempo pra viver

Curto muito a "fusão" entre músicos: tocar com diversos músicos diferentes! Para alguém que mantém uma banda fixa há um ano é paradoxal. Sim, mas vou falar da soma que esses músicos fizeram na minha carreira, pra chegar onde cheguei. Ter uma banda não nos impede de ter projetos paralelos. Esse é o barato da coisa. Todo cotidiano cansa e, de repente você quer fazer outras coisas, experimentar outros sons...
Passei praticamente a vida inteira chamando músicos pra tocar comigo e, em alguns casos, já fui chamado também. Isso é ótimo, renovador. Nos faz sentir necessários. E aprendi com todos, sem exceção. Do músico mais virtuoso ao iniciante. E nunca preferi um músico por ele tocar mais, ou demais e, sim, por ele ser "parceiro", amigo. Palavra rara hoje em dia no meio musical. Aprendi que não existem músicos bons e sim, músicos que se encaixam naquilo que você pretende fazer. Ora, é claro que existem músicos bons, músicos fantásticos que são ótimos naquilo que fazem mas, me refiro a alguém perfeito pra desempenhar o papel adequado para o tipo de som que você vai tocar. E, no meu caso, tenho inúmeros critérios de avaliação até chegar num resultado satisfatório.
Como é bacana conhecer músicos que trazem sua bagagem, sua musicalidade, - maior ou menor que a sua, não importa - que acrescentam música e luz na sua vida. Trocar informações, confidências e vivências. Partilhar vocabulários, gostos e manias. Tudo é válido!
Já toquei com tanta gente que perdi a conta. Vi amigos partindo, amigos na pior, amigos mudando de cidade, indo tocar em lugares distantes... e não me arrependo de nada do que vivi. Se pudesse faria tudo outra vez. 
Tenho tempo pra viver...