sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Reta final

Tava pensando aqui que já estamos praticamente no final do ano. 2016 passou voando. Muitas coisas aconteceram e se aproxima o dia em que temos que repensar resoluções, projetos, promessas e simpatias para a entrada do novo ano. Todo ano, nessa época, é assim; deixamos pra depois o agora, o presente, a sensação de fazer algo novo ou ousado. Ou até mesmo aprender alguma coisa diferente.

Mas na verdade não existe reta final. Não tem pódio de chegada ou beijo de namorada, como dizia Cazuza. Tudo recomeça, floresce, renasce. Talvez o grande lance seja esse. A renovação que todos buscamos no início de cada ano. É isso que nos faz querer seguir adiante, dar o próximo passo, mesmo sem acertar. O amor que temos pela nossa família, nossos filhos, e todas as pessoas que amamos é o verdadeiro sentido dessa renovação.

Tem um ditado simples que diz: "a vida é como andar de bicicleta, você só cai quando para de pedalar".

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Kant

Tô aqui concentrado numa noite de quinta feira pensando: "nessas alturas tem muita gente se divertindo, bebendo, cantando... E eu aqui, estudando Kant. Será que não poderia trocar de lugar com essas pessoas? Nah, to no final do semestre então é absolutamente compreensível me encontrar nessa situação. Meu trabalho já é uma diversão e ainda me permite "relaxar". Será? Antes eu achava, mas só achava, que esse lance de cantar e tocar à noite era válvula de escape. Hoje tenho total certeza de que estava errado. Precisava de algo mais forte, menos metódico. Disciplina? Se se for à dois. O casamento é a melhor instituição para se ter disciplina, quando duas pessoas querem. Mas aí já é outra história.

Vou voltar pro Kant e o trabalho de filosofia. O fim está próximo. Não o mundo... O trabalho.

Foi legal voltar aqui.

Abraços!

domingo, 9 de outubro de 2016

Relação digital

Qual a relação que temos com a nossa tecnologia? Total, né? E imagina viver sem ela. Há trinta anos ela nem existia, ou melhor, não essa tecnologia que dispomos agora. Portabilidade, por exemplo, era, no máximo recorrer a um Walkman, escolher uma fita K7 e sair por aí ouvindo um som.
Diferente da geração que nasceu conectada, eu tive contato com outro tipo de tecnologia. Sou um ser chamado de imigrante digital. Aquele cara que teve que se ajustar ao modos vivendi atual. As coisas, para mim, não aconteciam num passe de mágica de um botão. O caminho era complicadamente árduo. Aprender uma canção demandava horas e horas de tempo e, paciência, um componente que os jovens de hoje não estão acostumados. Percebo isso através da minha filha, de nove anos. Ela gostaria que a vida fosse como a internet mais veloz, em que pressionamos o "enter" e tudo passa a acontecer (risos).
Mas fora isso, a tecnologia veio - e continua vindo - para aproximar quem está longe. Detectar a distância e acelerar a relação on/off line. Tudo parece ficar perto, próximo de um abraço.
Bom, mas voltando ao caso de ficar horas e horas pra aprender uma música... Não existia o Cifraclub muito menos o Google. O que realmente rolava: eu deixava uma fita K7 dentro do gravador esperando a música que queria aprender tocar na programação da rádio. Às vezes demorava horas, outras vezes gravava a música pela metade pois o locutor emendava uma na outra e eu deveria estar no banheiro (risos). 
Também tive uma coleção daqueles livrinhos de música que vendiam em bancas de revistas. Uma caixa cheia. O único problema é que algumas músicas vinham com as cifras erradas, o que acabava por comprometer meu repertório.
Uma vez gravada a música, eu a repetia inúmeras vezes até conseguir "tirar" de ouvido as notas que estavam sendo executadas. Não era uma tarefa muito fácil. Tinha que voltar a fita e tocá-la quantas vezes fosse necessário.
É, hoje é moleza, né?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O instante mágico

Tenho uma profunda curiosidade em saber como casais se conheceram. Assim que me sinto à vontade pra perguntar, pergunto pra um dos dois como começou a história. Claro que cada um tem sua versão, seu ponto de vista, seu repertório de detalhes. Até hoje não sei por que acumulo tanto interesse nesse viés romântico. Começou quando indaguei a minha mãe sobre o dia em que conheceu meu pai.

Ah, prefiro perguntar para casais que já possuem um tempo juntos. Coisa de seis anos ou mais. Os recém casados estão fora da minha lista (risos).
Quase toda vez que minha pergunta ganha resposta parece que faz com que os laços do casal se renovem, porque aquele momento mágico, que estava escrito nas estrelas, vem à tona novamente, invadir o ar de uma forma tão misteriosa e plena, que acaba confirmando a verdadeira razão de estarem juntos. Passam a recordar tudo o que viveram até ali, as dificuldades que passaram e, é claro, os momentos felizes.

Essa "simples" história de suas vidas acorda o que parecia estar adormecido.