sábado, 29 de janeiro de 2011

Unnamed song

A partir da minha incursão na literatura Beat, fiz a primeira canção em inglês, que tem cara de blues arrastado:


In a place near/far
You found the key
Perhaps wandering poet
Kicked, hit the crossbar.


Can I take you there
Let you in
Show map map
For you arrive.


A feeling
There is no good
A bitter heart
Accustomed to solitude.


Come with your eyes
His hands
Give you open chest
The music of my heart.



Tradução

Canção sem nome



Num lugar perto/distante
Que você encontrou a chave
Talvez poeta errante
Chutou, bateu na trave.

Posso te levar até lá
Te deixar entrar
Mostrar o mapa do mapa
Pra você chegar.

Um sentimento guardado
Não é bom não
Um coração amargurado
Acostumado a solidão.

Venha com seus olhos,
Suas mãos
Te dou de peito aberto
A música do meu coração.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A medida do amor

Como se mede o amor?
Pela saudade? Pela quantidade de cartas ou emails? Pela distância? Pela reciprocidade? Pelo tamanho da mágoa? Pela intensidade? Pelo tempo? Pela qualidade? Pelo número de serenatas? Pelas loucuras? Pelos aiaiais ou uiuiuis? Pelos erros e acertos? Pelas qualidades do ser amado? Ou pelos defeitos? O amor pode ser medido pelas brigas e voltas? Pelas afinidades? Pelas lembranças boas ou más? Pelos que voltam atrás? Pode ser medido por quem perdoa? Pelos sorrisos? Pelo som do riso, tom da voz? Olhares, silêncios e gestos tímidos?
O amor se presta a tanta coisa. Se fere, se corta, se dilacera, se estraçalha, se enforca e nunca deixa de ser amor. Invulnerável, inacabável, prestes e se machucar. Esse é o AMOR!
Passamos a vida toda a sua procura mas é ele quem nos encontra primeiro. E se você o recusar é solidão certa. Idealizamos um tipo de amor que só existe nos contos de fadas: amor perfeito!
Todos sonhamos e buscamos um GRANDE amor! Esse GRANDE amor só depende de nós, ou do destino, dos signos, dos búzios, das cartas, dos dogmas, das almas gêmeas ou das afinidades. Mas os opostos também poderão dar certo.
Às vezes nos chega até nós um amor mínimo: começa devagar, sem pretensão de ser forte, modesto e não se desenvolve. Já o médio amor, esse sim, ambiciona ser GRANDE.
Médios amores precisam ser regados - todos os dias - demonstrados, discutidos, adoçados... e não pense que é fácil, hein, pois não é. Tudo se dá a quatro mãos. Quando um não quer dois não brigam.
Quem encontrou seu GRANDE AMOR pela primeira vez agradeça e, tome cuidado, pra não perde-lo. É impressionante como algumas pessoas - nesse mundo, nessa terra - nasceram pra se encontrar. E não me pergunte por que, não saberei responder.
Após muitos anos vivendo, amando e aprendendo, e tentando continuar o aprendizado, me deparei com situações bastante parecidas com o que venho aqui relatar. Estamos todos numa busca sem fim até o entendimento total com o ser amado, a felicidade plena, o Nirvana. E digo, não é nada fácil. Mas não é impossível.
Vão existir pessoas que vão tocar o seu corpo! Pessoas que vão tocar o seu coração! E vão existir pessoas capazes de tocar sua alma!
Agora, se um dia você encontrar uma pessoa capaz de tocar as três coisas, tente, lute, pra ficar com ela pra sempre!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Tempo pra viver

Curto muito a "fusão" entre músicos: tocar com diversos músicos diferentes! Para alguém que mantém uma banda fixa há um ano é paradoxal. Sim, mas vou falar da soma que esses músicos fizeram na minha carreira, pra chegar onde cheguei. Ter uma banda não nos impede de ter projetos paralelos. Esse é o barato da coisa. Todo cotidiano cansa e, de repente você quer fazer outras coisas, experimentar outros sons...
Passei praticamente a vida inteira chamando músicos pra tocar comigo e, em alguns casos, já fui chamado também. Isso é ótimo, renovador. Nos faz sentir necessários. E aprendi com todos, sem exceção. Do músico mais virtuoso ao iniciante. E nunca preferi um músico por ele tocar mais, ou demais e, sim, por ele ser "parceiro", amigo. Palavra rara hoje em dia no meio musical. Aprendi que não existem músicos bons e sim, músicos que se encaixam naquilo que você pretende fazer. Ora, é claro que existem músicos bons, músicos fantásticos que são ótimos naquilo que fazem mas, me refiro a alguém perfeito pra desempenhar o papel adequado para o tipo de som que você vai tocar. E, no meu caso, tenho inúmeros critérios de avaliação até chegar num resultado satisfatório.
Como é bacana conhecer músicos que trazem sua bagagem, sua musicalidade, - maior ou menor que a sua, não importa - que acrescentam música e luz na sua vida. Trocar informações, confidências e vivências. Partilhar vocabulários, gostos e manias. Tudo é válido!
Já toquei com tanta gente que perdi a conta. Vi amigos partindo, amigos na pior, amigos mudando de cidade, indo tocar em lugares distantes... e não me arrependo de nada do que vivi. Se pudesse faria tudo outra vez. 
Tenho tempo pra viver...