segunda-feira, 30 de maio de 2011

Felicidade

Qual será o motivo de tanta busca? Por que buscamos a felicidade plena se ela não existe? Os momentos são pequeníssimos eu sei, instantes que se vão. Ainda assim lutamos por algo maior, que valha a pena. A vida é mesmo frágil, como um inseto, não um simples inseto mas uma borboleta, cheia de cores vivas. 
Cada um de nós tem motivos secretos - ou nem tão secretos - de felicidade. É diferente pra cada pessoa. Mesmo com tanta maldade neste mundo corremos atrás de amor sem saber, que às vezes nem é preciso. Ele está no ar. Ele vive no ar.
A felicidade reside nas pequenas coisas... ela pode estar numa simples guerra de travesseiros. Num jogo de xadrez. Num show de rock. Banho de rio. Batata frita...
Nem precisamos fazer força e, lá está ela... a felicidade!
Todos os dias enfrentamos o desconhecido. Seja uma conta inesperada, uma notícia atrasada. Seja algo que aconteceu sem mais nem menos.
Sempre haverá motivos pra amenizar a situação. Uma palavra. Um sorriso. Uma ajuda. Uma mão estendida... um abraço reconfortante.
Somos teimosos, queremos que tudo saia perfeito. Do nosso jeito. E está tudo aqui, ao alcance de nossas mãos... bem perto.

sábado, 28 de maio de 2011

Livro novo

Quase sempre que adquiro um livro demoro algum tempo para mergulhar nele. Claro, depende muito do assunto, se for música vou de cabeça(risos). Tenho uma mania não muito comum de grifar as frases que me chamaram a atenção, aquelas mais interessantes. Algum tempo depois quando o pego novamente(o livro) surge uma nova proposta, novas palavras e uma outra visão. Isso é bacana e me acrescenta uma pitada de inspiração para escrever ou compor. Por isso não devemos deixar de ler. É escolher o assunto que mais lhe agrada e mãos à obra. Às vezes é difícil reservar um tempinho pra ler mas tente, a recompensa será maior. 

domingo, 22 de maio de 2011

Um pouquinho de vida

Minha avó sempre dava um jeito de me mimar a maneira dela. Vamos voltar um pouquinho pra quando eu era adolescente. A atenção que ela tinha comigo ia muito além. Chegava a ser engraçado, às vezes. Ela sempre dava um jeito de me "cuidar" melhor! Tipo, se tinha muito sol pedia pra eu usar o boné. Chuva, guarda-chuva. Perguntava se eu tinha dinheiro para o lanche, essas coisas, coisas de vó! Na maioria das vezes - quase sempre - eu investia o dinheiro que ela me dava pra comprar revistas de músicas. Aqueles livrinhos que ainda hoje existem, com as letras e os acordes das músicas. Tenho uma caixa daquilo. Percebe-se que "gastei" muita grana nisso(risos). Quando não eram revistas e livros eram discos. Sim, naquele tempo era vinil. Ficava com um remorso gigantesco por ter gasto o dinheiro que deveria ser para o lanche(risos).
Minha avó ainda está viva e neste ano, se Deus quiser, irá completar 88 anos. Tenho o maior orgulho dela e me dói muito em não poder manter o diálogo porque ela já não escuta tão bem.
Fico me perguntando por que a gente se afasta das pessoas mais velhas. Você não se pergunta?

domingo, 15 de maio de 2011

Hotel Hi-tech

Uma vez fomos tocar noutra cidade e ficamos num hotel pra lá de especial(risos). Parecia um hotel como qualquer outro mas logo na chegada percebemos que não era: um manobrista me pediu para estacionar o carro. Não estava, não estou, acostumado com essas gentilezas(risos, de novo). Na hora de fazer o cadastro foi tranquilo até a hora de assinar e pegar as chaves do quarto! Chaves? Que chaves? Eram cartões magnéticos! Bom, modernidade, né? Vamos lá! Conseguimos abrir a porta com um toque. Menos mal. Assim que entramos no quarto notamos a ausência da luz. Bora lá tocar o interruptor. Mas cadê ele? Ficamos uma meia hora tateando as paredes procurando(risos). Descobrimos depois de suar um pouco e através de um funcionário do hotel que era preciso botar o cartão dentro do quarto para acender as luzes. Essa não! Ainda bem que o restante da noite não teve mais surpresas. Tocamos o show e pena, tivemos que ir embora não podendo ficar e desfrutar melhor desse hotel. Prometemos nunca contar este fato pra ninguém... estou quebrando a promessa!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Chaves e afins

Quando estava saindo do carro quase ia esquecendo de pegar minhas chaves. As chaves de casa! Tive um "insight"! Da entrada do prédio até o apartamento comecei a formular o que viria ser um ótimo tema pra este post! Como somos escravos das chaves, né? Temos chaves pra tudo. Casa(apartamento), carro, portas, gavetas, armários, cofres, coração... ops, eu disse coração? Pois é, é isso mesmo que você leu! O nosso coração também tem chave! Ainda bem que não está ao alcance de qualquer um. Somente uma pessoa bastante especial para obtê-la.
Bom, voltando a falar de chaves e segredos... também somos escravos das senhas, números ou palavras que temos que guardar pro resto da vida e, talvez nunca compartilhemos com ninguém. Segredos intocáveis que podem até nos fazer perder o sono. Que coisa, né? Escravos do controle remoto, do dinheiro, nossa, a lista vai longe! Se pudéssemos prescindir disso tudo, será que não ficaríamos mais leves? Deixaríamos de nos preocupar a toa? Ou ficaríamos realmente mais preocupados?
Amigos, tá na minha hora! Tenho um evento pra tocar agora! Um bom findi pra vocês!
Ciao!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Discussões

Uma discussão que parece não ter fim, e não terá mesmo: músicos formados versus músicos não formados e, músicos que fazem da música exclusivamente sua profissão versus pessoas formadas e atuantes em outras profissões também usando a música como fonte de renda extra! Vai dar o que falar, né? Não esquecendo que o músico não formado pode, evidentemente, trabalhar e depender da música, que é o meu caso. O que acontece, explicando ou tentando explicar a primeira parte, é que a formação não é tudo! Não estou dizendo que ela não é importante. É sim! A formação te dá muita teoria e alguma prática e pode ser que alguém ache ridículo o que estou falando mas, a prática que existe é aquela de estudar, estudar, estudar. E acho que do lado de cá não é muito diferente porque se precisa ensaiar, ensaiar, ensaiar... 
Olha, existem músicos não formados talentosos pra caramba! E já vi músicos formados não serem tão bons! E o inverso existe, claro. Como disse, não é uma regra mas uma explanação. Optamos pela formação pra ter um embasamento musical aprofundado. Trabalhar e melhorar a questão técnica, vocal e instrumental. Histórias da música, seu surgimento. O lado de cá é bem diferente. A estrada te dá bagagem, seja ela positiva ou negativa, dependendo das circunstâncias. E coisas que vão acontecendo só com o passar do tempo. E tudo, claro, é o fato de como você encara tudo isso. Sucesso, fracasso, solidão, multidão, bebidas, viagens, hotéis, distância da família, estrada... às vezes só com um bom condicionamento psicológico pra escapar ileso. 
Tenho amigos músicos formados que são excelentes profissionais, seja pra ensinar ou pra tocar. São competentes e esforçados, criteriosos e bastante perfeccionistas. E aliando esta técnica do conhecimento teórico mais a bagagem musical se torna um músico quase perfeito.
A segunda parte desta discussão é aquelas pessoas que têm o talento natural latente mas, por obrigação da familia ou por outros caminhos resolveram estudar, se formar e seguir outra profissão. De repente aparecem tocando e montando banda. Não os culpo e nem acho errado. Confesso que já perdi noites de sono por esse assunto. Mas não vale a pena. Não vai mudar.
Não sei se foi bem assim mas, vou contar o que me contaram: em 1960, em plena ditadura, existiam tantos artistas e cada vez mais novos iam surgindo que o governo criou um orgão para credenciar e organizar esse crescimento. Assim foi criada a Ordem dos Músicos do Brasil(OMB). Não vou entrar no (des) mérito da questão mas, por um tempo a "coisa" foi organizada. Só podia tocar quem tinha a tal carteirinha da Ordem. Essa Ordem possuia um delegado e uma banca, onde eram feitas as audições e as provas. Existiam duas categorias: prática e de quadro. A categoria prática era pro músico não formado e a de quadro pro músico formado. Essa Ordem cobrava uma anuidade, uma espécie de imposto pelo credenciamento e não dava nada a mais além de, uma vez paga a anuidade, fazer o que bem entendesse. Estar apto e, perante a lei, autorizado a tocar por aí.
O que aconteceu a seguir é que essa Ordem não dava nada em troca além da permissão de tocar. Aposentadoria, plano de saúde, dentista, seguro, nada. Muitos "artistas" foram deixando de pagar pelo surgimento de novos talentos que não possuiam essa credencial e estavam num bar tocando enquanto muitos, que pagavam e estavam em dia, ficavam em casa. Já disse, não os culpo. Conheço muita gente que pagaria pra tocar!
Continua...