segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Verdade ou mentira?

O que é pior, a mentira que afaga ou a verdade que destrói?
Quem respondeu a primeira deve saber que a mentira se sustenta apenas por um tempo. Mas sinceramente, não sei quem inventou que a mentira tem perna curta. Eu já vi quilômetros de perna e não era uma só, era um par.
Quem respondeu a segunda sabe que a verdade machuca. Eu francamente prefiro me machucar do que ouvir um elogio que não é sincero. Você ainda tem a opção de não falar nada, se for o caso. A palavra é prata e o silêncio é ouro, etílicamente falando. Sim, as palavras que escrevo me protegem da completa loucura, parafraseando Bukowski.

Aprendemos na infância que mentir é feio e que, quem fala a verdade não merece castigo, já dizia minha avó. O que realmente é feio, a mentira na omissão da feiura ou a verdade sincera? Triste sina.
E a gente cresce achando que a mentira, se tivesse um rosto, seria uma coisa horrorosa. Qual é a face da mentira? Certamente ela tem muitas faces.
Você lembra quando mentiu pela primeira vez? Eu sei, é uma pergunta difícil. Bem mais fácil lembrar da sua iniciação sexual, né?
A gente mente quando vê os adultos mentindo. Simples assim. Agora sobre a questão do título, realmente é muito complexo. Às vezes mentimos para proteger alguém, para não magoar. As circunstâncias vão ditar as regras. Ela é quem decide. Se a razão for boa é de se pensar. Ora, não estou forçando alguém a mentir, isso vai acontecer naturalmente. Só devemos nos preocupar com as consequências. Sair por aí mentindo, aumentando as coisas não é legal. E conheço um monte de gente que faz isso. Vendedores do próprio cartaz.

Quase todo mundo conhece a história da música Jorge Maravilha, de Chico Buarque. No refrão se canta: "Você não gosta de mim, mas sua filha gosta". No que todo mundo pensa se tratar da filha do General Geisel, ela que era fã ardorosa do cantor.
Acreditei nesta mentira durante muito tempo. A verdade é que, Chico, foi detido por agentes de segurança, e no elevador o cara lhe pediu um autógrafo para a filha. Chico, imediatamente deve ter pensado: você não gosta de mim, mas sua filha gosta. Mais tarde nasceu a canção Jorge Maravilha. Chico ainda confirma que o povo prefere a outra versão, ampliada pela imprensa na época. Quando se crê demais em uma mentira ela acaba por se tornar verdade. Será?

Tenha sempre em mente, antes de disparar a flecha da verdade, molhe sua ponta com mel.

Tenha sempre em mente, antes de mentir qualquer coisa pense em suas proporções.

Mentiras incômodas ou verdades reconfortantes?




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Antes e depois

Você com certeza já ouviu as pessoas mais velhas falarem: "no meu tempo tudo era melhor". Pois é, não existia tanta violência, os políticos eram mais honestos, tinha menos assaltos, a qualidade musical era melhor, não havia tantas doenças novas, as pessoas confiavam mais umas nas outras, ocorriam menos acidentes de trânsito, não havia congestionamentos nas cidades, etc.
Tenho minhas dúvidas e minha tese: não existia tanta violência porque também tinha menos motivos(hoje qualquer cutucão é motivo para um crime, por exemplo), (estou falando de um período anterior à ditadura militar e guerras não entram nessa explanação), o índice populacional era menor, portanto menos problemas, subtração de crimes. 
A população brasileira era menor, consequentemente o país arrecadava menos e, a corrupção era inferior. Seguindo a mesma linha de raciocínio, o contingente diminuído acarretava menos assaltos. Problemas sociais reduzidos também contribuíam para isso.
Sobre a qualidade musical eu concordo(risos). Veja só, existia menos artistas no Brasil e no mundo, portanto a possibilidade de se fazer música ruim também era pequena. Os meios de divulgação não chegavam perto do que é hoje. A informação musical estrangeira demorava meses pra chegar aqui, pra se ter uma ideia. Somente músicas boas circulavam nas paradas de sucesso. Existia uma rivalidade musical, sim, mas bem mais sadia do que é hoje. E agora como tem mais artistas e músicos a probabilidade de fazer m... é beeemmm maior.
Não havia tantas doenças porque a situação hospitalar que tínhamos acesso na época não as detectava. Muita gente morria de doenças sem nome e, para não ficar sem explicação falavam qualquer coisa.
A questão da confiança era no seu bairro, na sua cidade. Você confiava no seu tio, no seu vizinho, emprestava seu nome para ele financiar um carro, uma casa. Todo mundo virava avalista de fulano, beltrano, do seu Zé, do seu João, da dona Maria... assinavam embaixo e ainda botavam a mão no fogo. Hoje, meu amigo, duvido! Aposto meu dedo. A confiança está prestes a ser extinta. Tudo vai ficando proibido e com restrições. Culpa dos pecadores! E quem paga? Os justos. E que são poucos. Ou talvez sejam muitos mas anônimos.
Por que ocorriam menos acidentes de trânsito? Isso parece lógico. No início do século 20 não se usava nem cinto de segurança. Pudera, a velocidade dos carros não ultrapassava 60 quilômetros por hora. Se bem que os carros eram luxo para poucos. Só famílias ricas tinham esse privilégio. Analise comigo: menos pessoas, menos carros, menos acidentes. Só desculpem a redundância. Ah, e menos congestionamentos...
Hoje temos tecnologia e poucas soluções. Enquanto os problemas crescem assustadoramente.
Não pense nisso como uma leitura pessimista. Fiz um parâmetro lógico real do tempo. E talvez esteja errado, fazendo comparações levianamente. Apenas expresso meu ponto de vista.
E você, o que acha?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Leitura diária

Não consigo ler um livro num dia ou dois. Mesmo que o livro seja sobre um tema de que goste muito. Curto a ideia de ter algo porque voltar, como o amor. Durante o cotidiano sinto necessidade de me transportar pra uma ilha de pensamento e lá chegando, vasculhar na memória, por exemplo, o livro que estou lendo. À medida que vou interagindo e me identificando com a história fico querendo voltar pro seu desfrute.
Em minha mais recente apresentação musical, carreguei um livro comigo. Nunca tinha feito isso, de levar um livro prum show. Após passar o som e saborear o jantar, como de costume, megulhei numa leitura prazerosa e fiquei ali, absorto, até a hora do show começar. Geralmente, o que sempre acontece é ficar de papo com alguém, amigos de outra cidade ou o proprietário do local, pra uma conversa descompromissada que muitas vezes vem coberta de inspiração.
Foi uma experiência bacana que quero repetir.
Quem sabe um dia eu consiga ler alguma coisa em pouco tempo. Se forem poucas linhas...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Wi fi e banquinho

Um dilema recorrente em meu cotidiano musical era a ausência deste objeto que foi um símbolo de relevância obrigatória na era bossanovista: o banquinho! Tentar sua substituição por uma cadeira seria atentar contra a história. Mas era o que geralmente acontecia. Os locais não ofereciam este suporte e eu acabava tocando em pé despendendo uma energia desnecessária. O problema só foi resolvido com a aquisição de um banquinho.
Hoje, quase todos os lugares já o possuem. Embora vez ou outra tenha de pegar o "meu" em casa.

O mesmo acontecia com o wi fi, em lugares que não o ofereciam. Em algumas cidades encontrar wi fi era como embarcar numa expedição arqueológica. Ainda bem que existe o Posto Ipiranga pra facilitar as nossas vidas(risos). Sim, é igual a propaganda... lá no Posto Ipiranga tem.

Teve uma cidade em que achei uma cafeteria aberta e entrei. Perguntei ao garçom se tinha wi fi e ele, prontamente, respondeu: é o nome de algum sanduíche?(risos). Tive de disfarçar para não rir.
Tudo isso pra poder conferir emails e recados. 

Atualmente os estabelecimentos estão modernizados. Wi fi já é uma obrigatoriedade. Se bem que como na história do banquinho, ninguém vive de certezas!

Um bom início de ano!