domingo, 20 de maio de 2012

Válvula de escape

Qual a sua válvula de escape? Se é que você tem uma... se é que sabe do que estou falando. É praticamente impossível viver sem uma válvula de escape. Sem ela já teríamos explodido, estourado de tanta (má) informação. Verbal/visual/corporal. Trocando em miúdos: engolição de sapos! Acho que fiz um neologismo da palavra porque pesquisei e não existe.
Fazendo uma enquete, tem uma pá de válvulas de escape. Neste exato momento em que digito estou usando uma delas e, acreditem, me faz bem. E ainda teimo em achar que não acho tempo pra isso. Bom, já que acordei inspirado vou aproveitando e colocando as palavras em dia.
Ah, válvulas de escape... já tava esquecendo.
Vou citar algumas e vá lá, adote alguma como sua.
As mais manjadas e/ou as mais antigas: escutar música, escrever, desenhar, pintar.
Já que estamos no século 21 a tecnologia proporciona momentos, digamos, mais agradáveis: ir à academia é praxe. Todo mundo ou, quase todo mundo vai. Fazer boxe é uma alternativa. Aulas de canto e violão é inexorável. Será? Aulas de dança. Cursos no Senac. No meu tempo eu fazia. Acumulei alguns(risos). Tá, rapel. Curso de fotografia. Informática. Aulas de motorista. Caridade. Sim, caridade. Caminhadas. Arvorismo. Pôr-do-sol. Praia. Gibi. Cinema. Missa. Andar de moto. Conversar com os mais velhos, conversar com os mais novos. Escutar. Ler. Sonhar. Estudar. Tocar guitarra, violino, piano. Ler blogs alheios. Comentar. Curtir/não curtir. Fofocar. Conversa fiada. Descompromisso. Compromisso. Mexer no celular. Tocar gaita de boca. Ouvir blues. Bach, Chopin. Cozinhar. Tomar um vinho. Tomar uma cerveja. Fazer um churrasco. Visitar os pais. Viajar. Colecionar selos(essa é antiga). Álbum de figurinhas. Ir ao estádio ver um jogo. Assistir à um show. Baile gaudério. Andar a cavalo. Contar piada. Decifrar palavras cruzadas...
Tudo fica guardado e tudo se vai. Válvulas são boas. Com filtro melhor ainda. Fica o que tem que ficar. Vai o que não presta.

sábado, 19 de maio de 2012

Comentário

Uma pessoa incomum fez um comentário do tipo 'não sei pra quê tantos violões?' Confesso que não curti o teor disso mas, entendi que não foi por mal. Essa é uma pergunta que pode ter várias respostas, sendo a primeira delas: ora, ainda estou buscando uma sonoridade perfeita. Gosto de colecionar instrumentos. É só pra fazer balaca!
Existe uma coisa chamada crescimento profissional. É aquele lance de chegar aos 40 sem a cabeça dos 20. Agora, se chegar com a mesma cabeça algo está errado.
É uma subida natural. Degraus pra cima, alguns pra baixo mas, sempre mirando o céu.
Estou mesmo buscando, cada dia mais, o som que me agrada. Seja no instrumento, no rádio do carro, no mundo virtual/real... não coleciono instrumento, eu toco. Toco, troco as cordas, faço manutenção, limpo, lustro. Balaca?! Nem pensar! No fundo sou um tímido querendo que a atenção fique nas mesas dos bares enquanto toco.
Por que se casa tantas vezes? Pra que tantos relacionamentos? Talvez a mesma coisa: Fluidez perfeita? Coleção/troféu? Ou fazer balaca?
Pra que comprar tantos carros durante a vida? Sim, você começa com um Fusquinha e depois compra um Monza, depois uma Camionete... é assim mesmo. Semente, flor, fruto, semente.
Exibição ou não? E quem saberá...