sexta-feira, 29 de maio de 2015

Vidros fechados

Cotidiano: vivemos a geração em que os vidros dos automóveis estão sempre fechados (Salvo quem não tem ar condicionado). O medo de assaltos, a poluição do ar e a poluição sonora talvez sejam as causas de seu uso. Talvez a culpa venha lá de trás, do começo, da era da informática. Onde um simples aparelho nos atraiu, nos aspirou pra dentro dele, metamorfoseando o que antes era só um infatigável cotidiano pacato. Desse período veio a herança justificada onde aproximação e afastamento são ruas de mão dupla. Saímos por aí carregando uma prótese ideológica de acercamento virtual.
Vivemos num mundo de máscaras. Máscaras para cada ocasião. Para cada ser. Cada ato. Fato! Mundos entre vários mundos. Um mundo em cada app. Virtual ou real? Você decide?

Enquanto os vidros permanecem fechados eu penso que a vida tá lá fora. E a música aqui dentro. Meus pensamentos. Apenas um final de manhã.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

À benção, Bossa Nova



Uma "palinha" do show À benção, bossa nova, que rolou na Feira do Livro de Santa Maria no dia 10 de maio de 2015.

Wave - Tom Jobim

terça-feira, 5 de maio de 2015

Objetividade, subjetividade e pretexto

Tem uma lenda que discorre sobre a diferença entre bandas americanas e inglesas. As duas marcam 3 horas de ensaio. Os americanos conversam por meia hora e tocam duas horas e meia enquanto os britânicos ensaiam meia hora e conversam o restante do tempo.

Com as bandas gaúchas não é diferente, conversam mais do que ensaiam. Até aí tudo igual, a não ser por um detalhe, os músicos gaúchos têm uma desculpa em particular: o chimarrão! É o mate que comanda a conversa e o rumo das decisões. Desde a escolha do repertório como a feitura dos arranjos. E nada como desopilar com um mate nas mãos. Talvez seja uma das maiores contribuições num ensaio. Depois da música, é claro.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fazendo aniversário

Sabe como é, né? Recomenda-se trocar as cordas do instrumento - isto inclui violão, guitarra, baixo, violino, etc. - dependendo da frequência que você toca. São inúmeros os fatores que contribuem para esta substituição: suor nas mãos, umidade, acidente de percurso, falta de grana, desleixo, situações adversas e por aí vai.

No meio musical tem uma frase que define perfeitamente quando a corda está gasta e necessita ser trocada: fazendo aniversário (risos)! É isso mesmo: - essas cordas estão fazendo aniversário - é o comentário geral. Os músicos adoram pegar no pé dos colegas que "esquecem" de  repor as cordas, deixando o instrumento com aquele som opaco.

Já tive meus dias de cordas gastas. Hoje fico no meio termo.