segunda-feira, 27 de abril de 2009

Despedidas

Parece que passamos a vida toda sem esperar por elas: as despedidas! Ou melhor, nem sabíamos que elas pudessem existir. Quando nascemos jamais imaginávamos que poderíamos nos separar de nossa mãe ou de nosso pai, ou de nossos irmãos, de nossos avós ou tios. De algum primeiro amor de infância. De algum parente que partiu pra bem longe.

O fato é que elas existem, sim. As despedidas. Uns a descobrem precocemente, infelizmente. Outros, um pouco mais tarde. Mas elas chegam e vão chegar.

Elas geralmente não avisam e raramente são mansas. Bem, podemos viver esperando que elas cheguem. Viver conformados. Simplesmente viver. Afinal a vida continua. Vá dizer isso a alguém que foi abandonado. Na verdade somos abandonados e também abandonamos alguém mais cedo ou mais tarde. Isto é irremediável. Temos que conviver com isso.

Acredito que em alguns casos existam circunstâncias muito fortes que nos levam a romper, partir pra outra, mudar de vida, mudar de emprego, de cidade. E circunstâncias inesperáveis também. Quando aparecem tomam conta de tudo. Somos um pouco guiados por elas.

Quem já não perdeu um grande amor? Um ente querido que passou desta pra melhor? Pois sim, então ele está numa boa, e nós? Parece sem solução.

A melhor despedida é aquela que prometemos voltar amanhã, ou que vamos ali na esquina e já voltamos. Você chega em casa e tem um bilhete: já volto-te amo. Fui comprar pão. Fui ao mercado. Enfim, sem adeus. E como vamos saber disso, como teremos tanta certeza? Não temos! Apenas acreditamos.

Essas despedidas...

Devia haver um curso pra isso: formado em despedidas. Ou tele-despedidas. Ligue 0300-9000 para se despedir. Francamente não é engraçado.

Que despedidas são essas que quando vão levam uma parte de nós. Leva o coração. Um sorriso. Um olhar. Uma lembrança.

Talvez o mais triste seja o que elas deixam. Uma ausência. Um vazio. Um hiato. Porque nunca vou esquecer aquele sorriso. Nenhum olhar será tão cativante como aquele. Jamais vou esquecer aquela canção. Aquela noite no shopping. Mesmo que eu me separe de você e nossas vidas tomem rumos diferentes. Mesmo que tenha ficado tanta mágoa e isso ainda seja maior que os momentos felizes mas, não vou esquecer o sorriso que guardou pra mim.

Podemos nunca mais consertar nossos corações e até saiamos machucados, mas não vou esquecer as guerras e as pazes, o bem e o mal.

Vamos continuar nos despedindo até cansarmos. Quando não restar mais forças. Vamos continuar nos despedindo mesmo não sabendo como foi o dia um do outro. Mesmo não sabendo como foram tuas aulas, na faculdade. Mesmo não sabendo a que horas foi dormir. O que fez antes. A que horas foi jantar. Mesmo que eu não consiga com palavras o que eu vim dizer.

Sim, haverão muitas despedidas. Mas posso jurar que estarei aqui no mesmo lugar, esperando por vocês.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Correria

Queridos amigos, sei que tenho andado off na web. Dou minhas sinceras desculpas aos internautas de plantão e aviso que logo postagens "fresquinhas" estarão circulando no blog. Nunca me disseram que era tão complicado organizar um pré-lançamento de um Cd, imagina um lançamento. Pois é, a correria está sendo grande e a falta de tempo para escrever também. Mas estamos vivos e isso é o que importa. Correndo atrás de um sonho, buscando uma forma de se sentir cada vez mais incluído no meio artístico e o mais legal ainda: tirar as músicas de casa! Isso mesmo, minhas músicas não aguentam mais ficar numa prateleira empoeirada. Querem sair, mostrar porque nasceram, porque vieram. Querem virar Cd, entrar no encarte, fazer parte de uma cultura sedenta por música e arte. Enfim, passar alguma coisa para o público. Forte abraço!