segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Itaimbar

    Existiu em Santa Maria, anexo ao Hotel Itaimbé, próximo ao parque que leva o mesmo nome, um charmoso e frequentado bar conhecido por Itaimbar. Tocar naquele sítio era ambicionado por quase todos os músicos locais e, para minha sorte, após um longo período de frenética insistência, consegui marcar um final de semana. 

    A cada artista eram oferecidos três dias para mostrar sua arte: quinta, sexta e sábado. O cachê era ótimo, se somado os três dias, caso atingisse lotação máxima, pois se ganhava uma generosa porcentagem da porta. 

    Em um desses finais de semana, o Itaimbar recebeu uma comitiva de professores americanos de uma universidade do Texas. Estavam na cidade para participar de um congresso realizado na nossa querida UFSM. Eram aproximadamente umas trinta pessoas. 

    Sem hesitar muito ou ser acometido pela indecisão quanto ao repertório, escolhi canções da bossa nova. Percebi que eles curtiram e segui nessa linha. No segundo dia (sexta), um americano veio em minha direção e, falando com um sotaque português carregado, mas perfeitamente compreensível, pediu que eu tocasse "Manhã de Carnaval" (Luiz Bonfá/Antônio Maria). Expliquei a ele que tinha deixado a partitura/cifra em casa (e tinha mesmo) e que a tocaria na noite seguinte. Ele agradeceu e retornou para a mesa, onde estava o seu grupo.

    Na noite seguinte, ao chegar no local, percebi que a comitiva americana já estava no bar. Todos devidamente acomodados, comendo, bebendo e comemorando (talvez porque o verdadeiro motivo de estarem ali tinha terminado e, que eles puderam, enfim relaxar). 

    Iniciei minha apresentação musical com músicas de Tom Jobim, Caetano Veloso, Djavan, Chico Buarque... Procurei na plateia o senhor cuja canção, até aquele momento, nunca me foi pedida. Então toquei a música. Engraçado é que não lembro se fui aplaudido. Se fosse eu lembraria? Ou se somente aquele senhor aplaudiu.

    Mas o que queria contar com essa história é que no fim do show o tal "American lord" tirou uma nota de cinquenta da carteira e colocou no bolso da frente da minha camisa. Agradeceu e deu boa noite, em inglês.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Vila Real


Chegando em Vila Real... Desci no terminal e apanhei um táxi. O motorista era um senhor bem-falante e meio que imediatamente percebeu que eu era brasileiro (risos). Depois de perguntar o que eu pensava sobre os rumos da política no Brasil, ele me deixou no endereço combinado: Residências Além Rio, uma espécie de casa do estudante. Um complexo com 4 prédios bem distribuídos e que ficavam um pouco afastados do centro da cidade.

Ao descer as malas e caminhar até a recepção, conheci a pessoa que seria meu anjo da guarda durante todo o tempo em que fiquei por lá: dona Maria Helena. Uma senhora muito simpática e que lembrava muito a minha avó. Tinha o sotaque português bem carregado e logo nos tornamos bons amigos. Assim que realizei o check in, recebi as chaves do que seria meu quarto nos próximos 3 meses.


O quarto era pequeno. Tinha duas camas de solteiro, uma à direita e outra à esquerda, encostadas na parede. Duas escrivaninhas para estudo e uma janela, com vista para um parque. Sim, as residências ficavam próximas a um parque (Parque Corgo) que era bastante arborizado. Um guarda-roupa bem funcional e um banheiro com aquecimento central completavam a descrição do espaço. Meu colega de quarto também era brasileiro, o Lucas. Um mineiro super gente fina, de Belo Horizonte, estudante de Engenharia Civil. Só fui relaxar após uma ducha bem demorada e um mate bem cevado, na bucólica paisagem do parque Corgo.



Fotos: acervo pessoal.

Porto


Chegando em Porto... Aqui comecei, de fato a sentir o cansaço. Estava exausto após encarar, no total, as quase quinze horas de voo, entre escalas e troca de aeronaves. Desci na estação de Campanhã e avistei um guarda para pedir informações. Perguntei como fazia para chegar ao terminal rodoviário. Lá alguns lugares são chamados de Central de Camionagem. Bom, ele disse assim: tens que pegar o métro, o métro. E eu sem entender, pois, as vogais deles são beemm fechadas. Depois que o guarda, já sem muita paciência, repetiu umas cinco vezes, eu entendi que estava se referindo ao metrô (risos). Encontrar a estação a partir dali não foi muito difícil. Ainda ganhei um ticket válido de uma moça que havia me informado o local correto para embarcar no... métro.

Desembarquei na estação Campo 24 de agosto e, a rodoviária ficava há alguns metros dali. Foi o tempo de aguardar uns 30 minutos até a chegada do ônibus. Como havia consultado toda a rota ainda no Brasil, sabia que meu destino final estava há 90 quilômetros dali. Só queria encostar minha cabeça na poltrona do coletivo para descansar um pouco. E assim o fiz.




Chegada em Lisboa




Após uma viagem de cerca de dez horas (sem mencionar as escalas) chegamos em Lisboa. Escrevo no plural porque o Bruno, um de meus melhores amigos, viajou comigo até a capital portuguesa. Chegando lá (após uma noite inquieta enquanto o avião atravessava o Oceano Atlântico) minha primeira impressão foi avistar o céu lisboeta num tom meio cinza... Ainda era cedo (havíamos viajado durante toda a madrugada) e nos encaminhamos para os guichês, onde faríamos a entrada oficial no país. Depois de aguardar um tempo relativamente não muito longo na fila, nos dirigimos para um corredor, em direção ao metrô. Descemos na Estação Oriente, e dali pra frente seria cada um por si. Meu amigo Bruno, pegaria um trem direto para a cidade de Covilhã, onde iria iniciar o mestrado em Relações Internacionais. Eu teria mais quilômetros para percorrer, pois além do trem até a cidade de Porto, tomaria mais um ônibus até Vila Real. Engraçado que não consigo me lembrar qual trem chegou primeiro... Quem embarcou antes? Me recordo de que o Bruno (sempre prestativo) resolveu ajudar uma menina brasileira ao apontar o vagão correto que ia para a cidade de Évora. Bom, não importa. Depois de estar no trem, ou Comboio (como é chamado por lá) procurei relaxar e apreciar a paisagem, mas como havia comido uma maçã que tinha restado do café da manhã no avião, acabei ficando enjoado e ainda por cima tive que suar frio por causa do sacolejar do vagão. Chegara a conclusão de que o que me fez mal foi ter devorado a fruta com o estômago completamente vazio.

Continua...

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Intercâmbio

O papo de hoje será sobre intercâmbio... E tem coisa melhor do que falar sobre viagem?

A oportunidade de intercâmbio surgiu enquanto caminhava. Lá estava eu, refazendo um plano mental dos afazeres para aquele dia, quando me lembrei que tinha lido o edital sobre estudar fora do país. Aquele assunto havia ficado em meu subconsciente e de tempos em tempos, um aviso sonoro insistia em me lembrar. Não preciso dizer que fiquei imediatamente eufórico com a novidade, pois pensava que no alto dos meus quarenta anos tal possibilidade seria um tanto remota.

A próxima etapa foi correr atrás da documentação necessária, mas não sem antes verificar o currículo Lattes e constatar de que teria média suficiente que me garantisse uma vaga nesta aventura. Dei uma turbinada no currículo (que era um item indispensável para preencher a ficha de inscrição) e pulei para a próxima fase: o encaminhamento de meu primeiro passaporte. Sim, uma verdadeira emoção se instalava em minha vida. A hipótese de viajar me encorajava, afinal, possuía um atributo importante a meu favor, a maturidade.

Com a documentação devidamente acertada, mais o passaporte em mãos, o próximo passo foi pesquisar uma passagem que coubesse no bolso. Para minha frustração, os valores estavam bem acima do planejado, fazendo com que eu optasse apenas pela ida, imaginando que, quando regressasse, a economia do país colaborasse para o congelamento dos preços, fato que se confirmou mais tarde.

Nesse ínterim, precisei ir à capital pegar um documento para atestar o seguro de saúde ou o seguro viagem. Neste caso, há duas coisas a se fazer: pagar um valor mais alto para adquirir o seguro em uma agência de viagens ou, tentar conseguir um no Ministério da Saúde, de graça. Optei, por minha conta e risco, pegar o gratuito, embora ele só pudesse cobrir minha estada no território português.

Passagem comprada e passaporte na mão!

Terminado o semestre na universidade e eu não conseguia esconder a ansiedade. Afinal, seria a primeira vez em que iria viajar para fora do país. É bem verdade que já havia viajado de avião antes, então o nervosismo não era por este motivo e sim, pelo fato de que pensava nas coisas que iriam ficar para trás. Bem, isso não foi nenhum problema. Precisava olhar para a frente. E o futuro tinha indícios de que seria muito, muito generoso comigo.

Para evitar sobressaltos e não parecer desavisado, resolvi assistir a todos os documentários e vídeos possíveis sobre Portugal. Qual a diferença do português de lá? O que falar e o que não falar. Regras de etiqueta: o que eles consideram ofensivo. Dicas de convivência, etc. Queria estar bem informado. Também fiz uma breve consulta sobre o local em que iria estudar, a Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro, a Utad.

Bom, uma coisa já me deixava mais tranquilo. Havia conseguido vaga nas residências Além-Rio, uma espécie de casa do estudante. Um lugar fascinante e super equipado com refeitório (não vou passar fome), lavanderia, aquecimento central (nem frio) e internet sem fio.

No próximo post contarei como foi a minha chegada por lá e as primeiras impressões sobre estar do outro lado do oceano.

Até já!


*Foto: Parque Corgo/Vila Real/Portugal: acervo pessoal.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

#tbt: Paris, dezembro de 2017





Caminhava pela rua, na chuva, entre as pessoas e os carros; parecia perdido... (havia me afastado um pouco do grupo de brasileiros que estavam comigo). Meus pensamentos iam longe. Minha mente sugeria um sutil questionamento sobre a condição de estar em Paris e de como chegara até ali. Derrepente, acabei em frente a Academia Nacional da Música. Coincidência? Acho que não. Como se a música tivesse o poder de me atrair, da forma mais sobrenatural possível. 
Uma vez... Quase desisti de tocar, pois, alguns contratempos me fizeram acreditar que naquela altura seria a coisa mais sensata a se fazer. Talvez devesse ter escutado meus pais e ter ido estudar. Bom, mas isso é uma outra história.

Fazendo um balanço até aqui... Só posso agradecer pela oportunidade de estar vivendo uma experiência como esta. Acredito que, se as pessoas tivessem alguma chance de conhecer o mundo e ver com seus próprios olhos, explorar outras culturas, constatar que existem outras realidades, nunca mais reclamariam de coisa alguma, por mais insignificante que seja. Vi uma família de refugiados Sírios no metrô: a mulher e uma criança (de uns seis anos) estavam sentadas, ao chão, enquanto o pai, em pé, pedia dinheiro. Aquela cena me tocou de uma forma que jamais conseguirei esquecer. Um sentimento de impotência tomou conta de mim e tudo o que eu podia fazer era seguir em frente, e tentar encontrar uma explicação em algum lugar da minha mente, em vão. E a cena se repetiu por cada corredor percorrido no imenso labirinto ferroviário de Paris. 

Não passei a virada do ano como queria, junto das pessoas que amo. Mas estar aqui é uma das coisas mais incríveis que me aconteceu. Por isso, desejo que nos próximos 365 dias, tenhamos a oportunidade de amadurecer. Lutar pelo que é certo e, principalmente, fazer o bem. No final, é somente isso que importa.


Obrigado Paris.






terça-feira, 15 de janeiro de 2019

#tbt



A partir de agora meus posts serão no estilo #tbt. Por que isso? Dessa forma posso voltar aqui e resgatar uma história, uma aventura, uma viagem, enfim... Considerar alguns fatos que fizeram parte da minha trajetória.

Sinto que nos veremos em breve!

See you!

sábado, 25 de novembro de 2017

O lugar

Olá amigos, como vão vocês? Parece que passou um ano, né? Bom, vamos aos trabalhos...

É bem verdade que, há tempos queria escrever sobre o significado de lugar. Sim, isso mesmo, o lugar é algo realmente importante para determinar um sentimento, uma razão de ser, de pertencer ou até de um estado de felicidade. Algo raro por aí, já que a vida vai se estabelecendo no trilho digital.

Sempre curti escrever nos cafés. Sentar ali e observar a vida, o sair e chegar das pessoas. Fazendo isso, de alguma forma, me permitia aumentar e dimensionar minha percepção em relação à vida e às coisas. Os rituais e a maneira simples de viver.

Pela primeira vez escrevo quase que rodeado pela natureza. E como se não bastasse, a voz e o violão de Nick Drake (Pink Moon, 1972) contribuindo para a trilha sonora. Ah, e a companhia líquida obrigatória de um mate e mil ideias na cabeça. E vou anotando antes que fujam. E... Ao me deparar com essa moldura campestre à minha frente (em nítido contraste com as luzes urbanas) despeço-me da melancolia, sentindo a imensa força da luz me abraçando. E sigo tocando meu violão imaginário, escutando a melodia interna, meus pensamentos organizados e pulsantes. É o final da tarde e quase o começo da noite. E essa é a melhor hora do dia. Onde o bem e o mal se encontram e, surge a oportunidade de escolher de que lado você está. Eu sei o lado, pois as luzes são amarelas.



sábado, 8 de julho de 2017

Videoclipe

Hello people! 

Está aí o primeiro videoclipe da música Simples canção de amor. O audiovisual foi concebido no Centro Universitário Franciscano e contou com a ajuda de muitaaa gente. Além de mim, os colegas Lucas Campara e Rodrigo Rodrigues, são os responsáveis de materializar este sonho, que agora vira realidade. A música já existia há alguns anos, e foi redescoberta graças a minha curiosidade exploratória de remexer fragmentos antigos. Dá-leeee!

Bom, vamos a ele:



quinta-feira, 6 de julho de 2017

Fazendo música, jogando bola

Não consigo compor em meio ao caos. Preciso de silêncio, sobretudo. Não que minha alma devesse, internamente, estar em paz. Acho que, quando estou emocionalmente desorganizado, consigo produzir canções mais certeiras, de âmbito confessional. Pareceu um pouco paradoxal, né? Mas o que quis dizer... Que prefiro me isolar, deixar as palavras virem até mim. Algo que, não combina com vizinhos exageradamente barulhentos. Fazer música, pra mim, é autoflagelo, mas é diversão, mas é o que dá pra fazer. Como dizia Mário Quintana: uma forma tranquila de desespero.

Ultimamente, criar música de trinta segundos é mais suado do que correr uma maratona. E mais difícil do que compor uma que tenha três minutos. Sintetizar tudo em pouquíssimo tempo é pura ralação.

Fazer jingle é dizer tudo com poucas palavras!



terça-feira, 30 de maio de 2017

Melancolia

Há três coisas capazes de me provocar um estado de melancolia: a chuva, o mar, e a música - estando eu na condição de ouvinte - neste caso. Poderia acrescentar aqui o nascer e o pôr do sol, mas tais imagens têm o poder quase imediato de transmutar este desalento, fazendo brotar outra vibração, que é a da esperança; o dia que já termina para dar lugar a noite, que trará um novo amanhã.

A chuva... Causa um certo desconforto, pelo simples fato de saber que irei me molhar ao sair para cumprir as tarefas do cotidiano, e por trazer uma melancolia travestida de saudade. Lembro que, desde criança tinha tal sensação. Era (é) uma saudade de pessoas que, por motivo de força maior, não podem estar comigo, mas apenas naquele pensamento.

O mar... Me passa uma sensação indescritível, como uma catarse. Uma vontade incorruptível de liberdade espiritual, de calmaria. Uma força capaz de me transportar e gerar reflexão sobre o futuro da humanidade.

A música... Tem o poder de carregar meus pensamentos, me conceder a revisitação de lugares e sensações com as quais já experimentei.

Alguém disse que, melancolia é saudade do que não vivi. 





quarta-feira, 24 de maio de 2017

A música interior

Toda canção deveria dizer alguma coisa, vocês não acham? Ser lúdica, polêmica ou autoritária, você decide! Quem sabe o que o compositor quis dizer com aquela palavra, frase? O famoso educador Paulo Freire escreveu uma vez que, "as palavras são grávidas de sentido". Isso bastaria para permitir-se à diferentes interpretações. Que mensagem eu devo passar? Que sentido ela terá pra você? Muita pretensão achar que minha música poderia mudar o mundo? A música dos Beatles mudou o mundo pra você? E a do Elvis, mudou alguma coisa? Sim, não, talvez. Estado de espírito. Felicidade. Tristeza. Dor. Angústia. Amor.

Toda canção deveria dizer alguma coisa. E eu acredito que a música tem esse poder. Acredito mesmo! E essa música está dentro de você. Escute-a!

See you!


terça-feira, 23 de maio de 2017

Pensando alto

Será que estou ficando surdo de tanto falar? Agora, no restaurante: um cara, da mesa ao lado, conversa tão alto com seu interlocutor que não consigo ouvir meus pensamentos (risos). O pior é detectar que o assunto não me despertara interesse. Tá bem, se estou escrevendo aqui é porque continuo com o ouvido antenado. Mas que parece papo de elevador, parece. Sabe aqueles assuntos climáticos? Pois é, esses aí. Será que todo papo deveria ter conteúdo ou imaginamos ser mais espertos por causa do Google? Quem duvida da dúvida? Alguém disse que a única certeza é a incerteza. Pelo jeito, essa discussão vai longe. Até o garçom trazer a conta, por favor. Peço o cafezinho e o diálogo prossegue, em alto e bom som. Não me surpreendo e nem me dou por vencido. Consulto o relógio: hora de partir. Deixo meus pensamentos para outra hora, afinal, eles também soariam tão alto que seria melhor tapar os ouvidos.

See you!





segunda-feira, 22 de maio de 2017

Searching for Sugar Man

O que diria Sixto Rodriguez ao saber que, sua música, após tanto tempo, ainda ecoa por aí? No modesto aparelho de rádio do meu carro, por exemplo.
Recentemente - por intermédio de um colega de apartamento - assisti ao documentário Searching for Sugar Man, que continha uma narrativa bastante peculiar e irresistivelmente envolvente, quase como uma película de suspense, no melhor estilo Hitchcock. Não irei contar o real desfecho do documentário, pois, seu final é intensamente surpreendente. O que posso revelar: assistam, porque vai mudar suas vidas! A minha já mudou.

*Oscar de melhor documentário na Academia em 2012.

Alguém disse que certas músicas são atemporais. Algumas são fadadas ao sucesso, mesmo que no início, pouca gente pareça se importar com elas.

Long life, Rodriguez.




quinta-feira, 4 de maio de 2017

Até na China

Tinha um conhecido, o Clayton. Chegamos a trabalhar juntos (ele na captação de imagens do DVD do tradicional bar, Ponto de Cinema) e eu, no palco, tocando. Então... A vida continuava e seguido nos encontrávamos lá pelo Ponto, e trocávamos alguma meia dúzia de palavras. Mais tarde, fiquei sabendo que ele estava na China, que tinha ido fazer sei lá o quê, lá. O tempo foi passando e seguíamos nos esbarrando por aí. O detalhe é que, quem me conhece sabe que uso um topete no cabelo; daí vem o verdadeiro motivo deste post: quando o Clayton estava na China (essa informação me foi revelada na volta), andando entre a multidão, acabou notando que o referido topete também era moda entre os chineses, principalmente os mais jovens, (risos) e ficou bastante intrigado. Na ocasião, disse para quem estava ao seu lado: - O Marcelo ia se dar bem por aqui! (risos).

Infelizmente, o Clayton não está mais entre nós. Talvez esteja captando imagens em algum lugar celestial, recebendo toda a luz que merece!
Essa história aconteceu há alguns anos e achei que valia a pena contar. Vale.

Fica em paz, Clayton.




quarta-feira, 3 de maio de 2017

Again

Eu de novo. Talvez minha volta por aqui seja passageira, talvez não. Mas me libertar das amarras pela busca incessante das palavras é um indício razoável de sobrevivência. Saber escrever é que são elas. Estou longe disso; prefiro arriscar alguns palpites sobre como as coisas são do que de fato elas são. Metáforas, valei-me. A parte chata é que sempre acabo me esquecendo do verdadeiro motivo de voltar ao blog. Geralmente acabo me lembrando de um tema pertinente quando estou a caminhar pela rua ou quando estou no banho. Estes pensamentos evaporam-se depressa demais, comprometendo o que poderia se tornar um diálogo pessoal ou de cunho favorável. A sorte é de quem lê ou de quem escreveu?

See you!

terça-feira, 2 de maio de 2017

#returning

Acordei com uma vontade estranha de escrever. Quer dizer, sempre curti fazer isso, mas tomo certas precauções quanto as palavras. Talvez o mais difícil seja, para mim, escrever de forma atrativa, tutelando minha criatividade num viés mais romântico ou prazeroso de ser. Digamos que, a cada dia, me sinta com mais necessidade de expressar tais sentimentos, de efundir sensações cerceadas por eufemismos subliminares de uma vida observada de longe. Alguém disse que de perto ninguém é normal. 

Eu deveria estar almoçando mas, hoje não tive aquela correria cotidiana de fazer tudo como máquina. Meu pensamento é assim, não se controla perante convenções coerentes.

See you!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sonho

Voltei a sonhar...

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Simples canção de amor



Hello my friends, happy new year! Ops, desculpem minha empolgação... É que gostaria de compartilhar com vocês uma singela canção de minha modesta autoria. Abaixo revelo algumas curiosidades sobre a letra.

Essa música foi composta há mais ou menos uns quinze anos e letra e música vieram praticamente juntas. Tipo psicografia. O tema recorrente é a lembrança. Meio autobiográfica meio ficção, a letra (música) assume a função de se perpetuar já que a relação citada ali se desintegrou.

Da letra original só mudei alguns versos, como: "fiquei com o disco do Roberto, tava na estante e eu achei que era meu", pra deixar uma impressão mais humana, menos fake. E o Roberto a quem me refiro, é claro, é o rei Roberto Carlos. Quase fundi o cérebro pensando numa rima que encaixasse na métrica da frase e já que o "Roberto" fez parte da minha escola musical deixei ficar.

A gravação do vídeo foi realizada entre o natal e o réveillon na casa de minha mãe, em Uruguaiana. Usamos um tripé de apoio para um Nokia Lumia 930. Achei o áudio bem satisfatório.


Salve!

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Reta final

Tava pensando aqui que já estamos praticamente no final do ano. 2016 passou voando. Muitas coisas aconteceram e se aproxima o dia em que temos que repensar resoluções, projetos, promessas e simpatias para a entrada do novo ano. Todo ano, nessa época, é assim; deixamos pra depois o agora, o presente, a sensação de fazer algo novo ou ousado. Ou até mesmo aprender alguma coisa diferente.

Mas na verdade não existe reta final. Não tem pódio de chegada ou beijo de namorada, como dizia Cazuza. Tudo recomeça, floresce, renasce. Talvez o grande lance seja esse. A renovação que todos buscamos no início de cada ano. É isso que nos faz querer seguir adiante, dar o próximo passo, mesmo sem acertar. O amor que temos pela nossa família, nossos filhos, e todas as pessoas que amamos é o verdadeiro sentido dessa renovação.

Tem um ditado simples que diz: "a vida é como andar de bicicleta, você só cai quando para de pedalar".

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Kant

Tô aqui concentrado numa noite de quinta feira pensando: "nessas alturas tem muita gente se divertindo, bebendo, cantando... E eu aqui, estudando Kant. Será que não poderia trocar de lugar com essas pessoas? Nah, to no final do semestre então é absolutamente compreensível me encontrar nessa situação. Meu trabalho já é uma diversão e ainda me permite "relaxar". Será? Antes eu achava, mas só achava, que esse lance de cantar e tocar à noite era válvula de escape. Hoje tenho total certeza de que estava errado. Precisava de algo mais forte, menos metódico. Disciplina? Se se for à dois. O casamento é a melhor instituição para se ter disciplina, quando duas pessoas querem. Mas aí já é outra história.

Vou voltar pro Kant e o trabalho de filosofia. O fim está próximo. Não o mundo... O trabalho.

Foi legal voltar aqui.

Abraços!

domingo, 9 de outubro de 2016

Relação digital

Qual a relação que temos com a nossa tecnologia? Total, né? E imagina viver sem ela. Há trinta anos ela nem existia, ou melhor, não essa tecnologia que dispomos agora. Portabilidade, por exemplo, era, no máximo recorrer a um Walkman, escolher uma fita K7 e sair por aí ouvindo um som.
Diferente da geração que nasceu conectada, eu tive contato com outro tipo de tecnologia. Sou um ser chamado de imigrante digital. Aquele cara que teve que se ajustar ao modos vivendi atual. As coisas, para mim, não aconteciam num passe de mágica de um botão. O caminho era complicadamente árduo. Aprender uma canção demandava horas e horas de tempo e, paciência, um componente que os jovens de hoje não estão acostumados. Percebo isso através da minha filha, de nove anos. Ela gostaria que a vida fosse como a internet mais veloz, em que pressionamos o "enter" e tudo passa a acontecer (risos).
Mas fora isso, a tecnologia veio - e continua vindo - para aproximar quem está longe. Detectar a distância e acelerar a relação on/off line. Tudo parece ficar perto, próximo de um abraço.
Bom, mas voltando ao caso de ficar horas e horas pra aprender uma música... Não existia o Cifraclub muito menos o Google. O que realmente rolava: eu deixava uma fita K7 dentro do gravador esperando a música que queria aprender tocar na programação da rádio. Às vezes demorava horas, outras vezes gravava a música pela metade pois o locutor emendava uma na outra e eu deveria estar no banheiro (risos). 
Também tive uma coleção daqueles livrinhos de música que vendiam em bancas de revistas. Uma caixa cheia. O único problema é que algumas músicas vinham com as cifras erradas, o que acabava por comprometer meu repertório.
Uma vez gravada a música, eu a repetia inúmeras vezes até conseguir "tirar" de ouvido as notas que estavam sendo executadas. Não era uma tarefa muito fácil. Tinha que voltar a fita e tocá-la quantas vezes fosse necessário.
É, hoje é moleza, né?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O instante mágico

Tenho uma profunda curiosidade em saber como casais se conheceram. Assim que me sinto à vontade pra perguntar, pergunto pra um dos dois como começou a história. Claro que cada um tem sua versão, seu ponto de vista, seu repertório de detalhes. Até hoje não sei por que acumulo tanto interesse nesse viés romântico. Começou quando indaguei a minha mãe sobre o dia em que conheceu meu pai.

Ah, prefiro perguntar para casais que já possuem um tempo juntos. Coisa de seis anos ou mais. Os recém casados estão fora da minha lista (risos).
Quase toda vez que minha pergunta ganha resposta parece que faz com que os laços do casal se renovem, porque aquele momento mágico, que estava escrito nas estrelas, vem à tona novamente, invadir o ar de uma forma tão misteriosa e plena, que acaba confirmando a verdadeira razão de estarem juntos. Passam a recordar tudo o que viveram até ali, as dificuldades que passaram e, é claro, os momentos felizes.

Essa "simples" história de suas vidas acorda o que parecia estar adormecido.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Hoje



Está começando agora as gravações do meu primeiro trabalho autoral!
Inicialmente, seriam quatro músicas mas acabou entrando uma a mais, aos 46 do segundo tempo. Essas músicas serão executadas no formato "banda" para dar um caráter mais homogêneo, com exceção de uma, que será apresentada no formato acústico: violões e mais alguns elementos.
O EP se chamará "Hoje" e vem retratar o meu estado de espírito atual e a empolgação que sinto em relação ao projeto.
Embora a maioria das letras falem do passado, "Hoje" significa o presente e é isso que eu quero passar: o aqui/agora.
O produtor do disco se chama Erick Corrêa Castro, e é um baita brother. Ele é músico e publicitário, algo que se encaixou como Lego. Após alguns encontros, montamos as estruturas das músicas (nota-se que foram mexidas e rearranjadas de sua versão original) e buscamos um teor MPB/Pop com cara de Marcelo.

Descobri que é inútil fugir das raízes. A fonte em que eu bebi está lá, intacta. E pode até ser percebida por um ouvido mais atento. Vou te dizer, não é fácil ser a gente mesmo. É mais fácil inventar alguém, de preferência alguém fadado ao sucesso. Dá-leee!

Vou mantendo vocês informados.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Chef por um dia

Amanhã, dia 05 de setembro, serei Chef por um dia no The Park. Não, não vou ter a cozinha toda para mim e sim um espaço, cedido pelo Chef Rodrigo Camargo e pela nutricionista Mariana Borges, onde vou apresentar um prato, digamos, bem brasileiro: picadinho do Massário e como acompanhamento, uma farofa de banana pra lá de especial.
Estou muito feliz com o convite e que essa alegria se multiplique cada vez mais.
Apareçam!


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Nada será como antes

Lendo a biografia de Elis Regina, com o título de mesmo nome, me vi inclinado a rebuscar, entre tantas canções de seu importante e imenso baú, esta maravilhosa obra de autoria de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos.

Logo, uma pequena e singela "provinha" do show Janu e Convidados. Dá-lhe!





quarta-feira, 8 de julho de 2015

Camarim

Acho que posso contar nos dedos as vezes em que tive um camarim à disposição. Nem existiam. Só em shows de nível bastante superior. Camarim era um estado de espírito. Acho que já estive tempo suficiente nesses camarins; em que pensamentos de dissuasão em relação à música me corroíam por dentro; discussões familiares ou falta de grana - ou qualquer que fossem os problemas da época - permeavam minha cabeça no curto espaço de tempo entre minha casa e o palco mais próximo.

O artista (neste caso, eu), acabara por ficar num processo de melancolia - um rápido eufemismo para nervosismo - antes de subir ao palco. E o que deveria ser o camarim, muitas vezes é o seu (meu) pensamento, as circunstâncias que o levaram até ali. No palco, posso ser o protagonista, aquele que comanda o espetáculo.

Camarins da vida: uns bons outros nem tanto. O bom disso tudo é que posso imaginar o que eu quiser, e nunca, em hipótes alguma, devo deixar de sonhar.



quinta-feira, 18 de junho de 2015

Silêncio

Um conhecido, meio chegado, me perguntou o seguinte: tu como músico, escuta bastante música - o que tu anda ouvindo ultimamente? Respondi: o silêncio! Ele ficou surpreso com a resposta e quis saber mais. Bom, a conversa engrossou o caldo onde continha a poluição sonora, a que todos estamos expostos, como principal ingrediente, e minha justificativa trouxe a reboque um monte de questionamentos.

Tá certo que ouvimos música para relaxar. Até aí nenhuma novidade. Mas o silêncio anda cada vez mais raro. Aquele cotidiano calmo de interior não existe mais. Vivemos numa selva de pedra barulhenta: britadeiras, buzinas de automóveis, latidos de cachorros, discussão entre vizinhos, músicas de mau gosto acima de 100 decibéis, avisos sonoros das notificações do celular, e por aí vai. Um repertório recheado com os mais diferentes ruídos.

Respiro música desde que acordo. Acho que até sonho com música (risos). Mas chega um momento em que sinto necessidade de desconectar, sair do ar. Preciso ouvir o som da natureza. É isso que me faz recarregar, ficar pronto pra outra.

"Eu quero uma casa no campo, onde eu possa compor muitos rock's rurais".

*Zé Rodrix/Tavito


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Vidros fechados

Cotidiano: vivemos a geração em que os vidros dos automóveis estão sempre fechados (Salvo quem não tem ar condicionado). O medo de assaltos, a poluição do ar e a poluição sonora talvez sejam as causas de seu uso. Talvez a culpa venha lá de trás, do começo, da era da informática. Onde um simples aparelho nos atraiu, nos aspirou pra dentro dele, metamorfoseando o que antes era só um infatigável cotidiano pacato. Desse período veio a herança justificada onde aproximação e afastamento são ruas de mão dupla. Saímos por aí carregando uma prótese ideológica de acercamento virtual.
Vivemos num mundo de máscaras. Máscaras para cada ocasião. Para cada ser. Cada ato. Fato! Mundos entre vários mundos. Um mundo em cada app. Virtual ou real? Você decide?

Enquanto os vidros permanecem fechados eu penso que a vida tá lá fora. E a música aqui dentro. Meus pensamentos. Apenas um final de manhã.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

À benção, Bossa Nova



Uma "palinha" do show À benção, bossa nova, que rolou na Feira do Livro de Santa Maria no dia 10 de maio de 2015.

Wave - Tom Jobim

terça-feira, 5 de maio de 2015

Objetividade, subjetividade e pretexto

Tem uma lenda que discorre sobre a diferença entre bandas americanas e inglesas. As duas marcam 3 horas de ensaio. Os americanos conversam por meia hora e tocam duas horas e meia enquanto os britânicos ensaiam meia hora e conversam o restante do tempo.

Com as bandas gaúchas não é diferente, conversam mais do que ensaiam. Até aí tudo igual, a não ser por um detalhe, os músicos gaúchos têm uma desculpa em particular: o chimarrão! É o mate que comanda a conversa e o rumo das decisões. Desde a escolha do repertório como a feitura dos arranjos. E nada como desopilar com um mate nas mãos. Talvez seja uma das maiores contribuições num ensaio. Depois da música, é claro.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fazendo aniversário

Sabe como é, né? Recomenda-se trocar as cordas do instrumento - isto inclui violão, guitarra, baixo, violino, etc. - dependendo da frequência que você toca. São inúmeros os fatores que contribuem para esta substituição: suor nas mãos, umidade, acidente de percurso, falta de grana, desleixo, situações adversas e por aí vai.

No meio musical tem uma frase que define perfeitamente quando a corda está gasta e necessita ser trocada: fazendo aniversário (risos)! É isso mesmo: - essas cordas estão fazendo aniversário - é o comentário geral. Os músicos adoram pegar no pé dos colegas que "esquecem" de  repor as cordas, deixando o instrumento com aquele som opaco.

Já tive meus dias de cordas gastas. Hoje fico no meio termo.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Versos Novos

Versos de uma despretensiosa letra que pode futuramente virar canção:


Perdão

Hoje eu acordei
Com vontade de te pedir perdão:
Perdoe os estragos que causei,
Desculpe as vezes que eu errei.

Vamos dar as mãos e ver o pôr do sol
Abrir os braços, deixar sair o vendaval.

O perdão não é fácil, não
O perdão não é fácil, não.

Tem que ter coragem
Pra perdoar os erros
Tem que ter coragem
Pra enfrentar o medo.

O perdão não é fácil, não
O perdão não é fácil, não.

Hoje eu acordei
Me sentindo um pouco mais leve.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Geração zumbi

Sou de uma geração que conseguia ficar mais tempo com a cabeça no travesseiro. Não estou me referindo à dormir com a consciência tranquila ou não e sim de dormir mais horas seguidas. Naquele tempo, dormir até 10 horas de sono era comum, corriqueiro e acessível. Hoje preciso equilibrar alguns fatores pra consumar essa possibilidade.
No início da minha carreira, ainda que músico amador, eu tocava um tempo considerável em cima do palco. A contra partida vinha em forma de sono reparador: 10, 12 horas pra combater o cansaço.

Uma pesquisa comprova que atualmente estamos dormindo uma hora e meia a menos do que há 30 anos. Enquanto lia essa matéria o índice ia caindo vertiginosamente, ou seja, nos próximos anos estaremos condenamos a levar uma vida zumbi. Fazendo as coisas no piloto automático. Mas e já não fazemos? Somos completamente governados pelos hábitos. Pelo movimento repetitivo de uma linha de produção. Pelo simples piscar e abrir de olhos. A ordem das ordens. Metodismo puro.

Li em algum lugar que deveríamos viver com pouca coerência, mas de forma sutil, pra não virar insurgência. Trocar as coisas de ordem, mudar o horário das refeições, eleger horas absurdas para fazer uma aventura rural, botar a carroça na frente dos bois... Parece papo de louco mas, eu li. É cada absurdo que escrevem hoje em dia. Imagine se seu filho lê isto? Imagine se meu filho lê isto?

Imagino você lendo meu post e chegando até aqui. Papo de louco, né?

segunda-feira, 6 de abril de 2015

À sombra do teu amor



Uma pequena degustação do show que Alemão e eu fizemos na quinta feira, dia 02 de abril, no The Park. Assistam e curtam a música À sombra do teu amor.

Banda formada por Arnildo Pedroso, na bateria; Daniel Fortes, no baixo, e Marcelo, na guitarra.





quarta-feira, 18 de março de 2015

Quem nunca...

Quem nunca passou o sinal vermelho...
Quem nunca sofreu por amor...
Quem nunca fez xixi na piscina...
Quem nunca abandonou alguém...
Quem nunca foi abandonado...
Quem nunca matou a aula em dia de chuva...
Quem nunca mentiu a idade...
Quem nunca deixou um amor pra trás...
Quem nunca fingiu que estava tudo bem...
Quem nunca passou a noite em claro...
Quem nunca passou o dia dormindo...
Quem nunca trocou o nome de alguém...
Quem nunca esqueceu o nome de alguém...

Que atire a primeira pedra!


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Coca Cola

... E mais uma vez deixei de tomar Coca Cola. Ou qualquer coisa que tenha "cola" no nome.
Já havíamos nos confrontado, é verdade, numa outra ocasião, tendo vencido todos os rounds por 2 arrastados e longos anos. Até que caí na real e decidi viver. Imagina, tomar esse caldo açucarado e gaseificado era considerado "vida". Pra mim, naquele momento era muito mais do que isso!


Acontecem tantos episódios na vida de uma pessoa que alguns deles nos leva a total privação de viciosas preferências gastronômicas. Pois foi exatamente o que houve, acontecimentos. Todo final de ano, repenso resoluções para cumprir. Algo que seja relativamente novo no cardápio de acordos, já um pouco desbotado pelo tempo. E como todas as promessas implicam no desapego de uma coisa absurdamente prazerosa nada mais justificável do que minha vontade inusitada.



Meus ossos agradecem!


domingo, 28 de dezembro de 2014

Feliz 2015!

Amigos, desejo a todos um feliz e próspero ano novo! Que em 2015 todos os objetivos sejam realizados e que possamos sempre ter a oportunidade de aprender e evoluir!
Prometo mais postagens em 2015(se a faculdade me permitir) com histórias e curiosidades.

Muita saúde e paz, porque o resto a gente corre atrás!

Que assim seja!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Ela disse que ele disse

Ela disse que ele disse
Que o pôr do sol é normal
Que tanto faz ser ridículo
Se o mundo segue igual.

Ela disse que ele disse
Que o amor não tem sal
Que a rotina transforma
Todo e qualquer casal.

Ela disse que ele disse
Ela disse, ele disse.

Ele disse que ela disse
Que o mundo dá voltas
Quando fecha uma janela
Se abrem todas as portas.

Ele disse que ela disse
Não me procure mais!
Perdoe meus dias ruins
E deixe-os para trás.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Boa noite! #sqn



Esta imagem já foi a representação da minha realidade. Hoje os moldes do entretenimento mudaram, pelo menos pra mim, em alguns aspectos. Como não toco mais em boates, só em barzinhos, ainda consigo chegar a tempo de curtir um bom filme em casa. Mas tive muitos momentos de vislumbrar o sol nascendo.

Hoje me realizo tocando cedo, terminando de tocar cedo e, após o show, ainda sobrar aquele tempinho pra degustar alguma coisa ou bater um papo com músicos e amigos.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sinatra

Há quem ouça Frank Sinatra e pense que é só um radialista cantando. Há quem passe pelo bosque e só veja lenha pra fogueira. Estas afirmações não são vagas. Tudo depende da direção do olhar. Se eu quero ver amor, posso enxerga-lo até num espinho. A loucura não se encontra somente no caos. Ela repousa durante a tempestade, por entre portas fechadas.

Uma vez me disseram, "o inferno é a gente que faz"! O inferno e o céu, tanto faz, estão aí, estão aqui, em todo lugar. Pegue suas ferramentas e construa um barco. Navegue em águas calmas. Se o barco aguentar. É provável que você implore pra que o tempo vire.
O suplício por um desafio. Alma morna nem pensar.

Há quem escreva bobagens e ache tudo muito interessante.
Há quem leia o que escrevo e também ache a mesma coisa.

*Segunda frase: Tolstoi

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Fumante + ouvinte + passivo= EMC²

Por longos duros anos fui fumante passivo. Frequentei os lugares mais esfumaçados alusivo ao meu trabalho. Não havia como fugir ou tentar driblar essa condição. Irrefutável.
Enfrentei incontáveis invernos com a respiração comprometida. No verão, ainda era possível disfarçar mas no clima frio, respirar a fumaça de cigarro trazia à reboque uma enxurrada de doenças respiratórias com todo aquele menu pertinente dos ites. E vocês precisavam ver minhas roupas como ficavam, ou melhor, senti-las.

Por longos duros anos fui ouvinte passivo. Nunca tive muita sorte para vizinhos de bom gosto musical. Nossas predileções nunca batiam. Triste sina.

Uma vez me mudei para um local que parecia ser tranquilo. E era. Tive um vizinho que ouvia músicas das décadas de 20 e de 30. Na época eu cheguei a cogitar que se tratava de um senhor. Qual foi minha surpresa ao saber que quem escutava aquelas músicas era um rapaz de 18 anos?! Pois é, ele tinha um gosto corriqueiramente estranho pra sua idade.
Mais tarde surgiram duas vizinhas que, com seus saltos, não me deixavam dormir de maneira alguma.

Ao longo desses 21 anos de música continuo sendo ouvinte passivo, cada vez mais, porque não há onde se esconder. A poluição sonora só aumenta. Para cima e avante. Está cada vez mais difícil ter um pouco de paz. 

Ser músico, às vezes, ou quase sempre, te obriga a digerir coisas que não faz o menor sentido. Pelo menos pra mim. 

Acho que preciso morar no campo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Influências

Não, não vou escrever sobre minhas influências musicais. Poderia mas, hoje não.
Vocês já prestaram atenção que, tudo o que somos foi influenciado por alguém ou alguma coisa? Pois é, construímos nossa identidade/personalidade através de outras pessoas: família, amigos, livros, discos, anúncios, propagandas, imagens, formadores de opinião, pensadores, etc.
Existem inúmeras fontes por aí, espalhadas por todo lugar. Algumas iluminam, outras iludem. Algumas iludem, outras iluminam.

Mal nascemos e já somos influenciados a ter um time. A criança nem se dá ao luxo de escolher. Os pais já têm tudo planejado: pra qual escola vai, que profissão vai seguir. Somos praticamente "forçados" a percorrer um caminho que talvez nem gostaríamos.
Depois vem as influência dos amigos. Fazemos tudo por eles, inclusive "tentar" gostar das mesmas coisas. Claro que também acontece o efeito inverso, eles acabam por gostar de coisas que gostamos.

Topamos com as coisas ao nosso redor e as filtramos, numa espécie de seleção natural, que mais se adapta com o que poderíamos chamar de "verdadeira" identidade. Somos o que comemos, escutamos, vestimos; somos parecidos com quem nos faz companhia. Somos parecidos com o tipo de música que ouvimos. Cada vez mais parecidos com as máquinas que nos empurram goela abaixo todo esse lixo negativo da mídia. Somos semelhantes com as ideias de um grupo, pertencentes a uma classe fomentada por influências paliativas.

Somos influenciados a ser o que não somos.

Devemos tomar muito cuidado com o tipo de influência que percebemos. Construir pilares sólidos através de triagens positivamente duradouras.

As consequências poderão ser perturbadoras. Só depende de nós.

Vote consciente!

terça-feira, 1 de julho de 2014

Apocalipse

Por anos à fio, carreguei um fardo de água mineral no porta malas do carro. Um, não, dois. Era uma forma de me obrigar a tomar água pois, em casa, dispunha de opções mais atraentes, como o refrigerante ou a cerveja. Sem falar na preguiça monstruosa que paralisava minha qualquer vontade de dar o primeiro passo.

Tenho um amigo de infância que, de tempos em tempos, me liga pra botar os assuntos em dia. Mas o que ele não esquece é de perguntar sobre o fardo de água. Diz que estou me preparando para o apocalipse(risos).

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Carona

Constantemente fui compelido a não dar carona para pessoas estranhas. Aquela coisa de conselho de mãe, de avó.
Numa dessas viagens à trabalho, pelas cidadezinhas da região, passei próximo à
UFSM(Universidade Federal de Santa Maria), e vi um rapaz acenando. Tive um ímpeto de parar. Foi automático. Perguntei o destino e ele confirmou que ia pro mesmo lugar que eu. Pedi pra embarcar e seguimos viagem. Notei que era ligeiramente tímido e conversamos somente o básico. Também falei pouco de minha vida pessoal, inclusive preservei minha profissão. Quando falo que sou músico todo mundo me pergunta o nome da banda(risos)e tenho de explicar que não faço parte de nenhum grupo e que toco sozinho. Sozinho? Sozinho como? Voz e violão, eu respondo sempre.
Bom, a viagem seguiu seu curso e passei a perceber um rapaz incrivelmente humilde, de fala simples e um alto nível de aplicação nos estudos, dado o teor da conversa.
Enfim, chegamos ao local acertado: ele se despediu, agradeceu e me desejou uma boa festa(eu estava indo tocar numa formatura). Eu desejei-lhe boa sorte!

Quando me afastei um pouco dali fiquei com a sensação de dever cumprido. Como se eu tivesse obrigação de dar aquela carona. Vai ver o cara é uma pessoa boa!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Napoleão

Quase todo mundo sabe como Napoleão perdeu a guerra, na chamada batalha de Waterloo, nas imediações da cidade com o mesmo nome, na Bélgica. Foram 113 mil aliados(Prussianos, Austríacos, Britânicos e Holandeses) contra 72 mil franceses. Dizem que foi derrotado duas vezes por sua hesitação, o que culminou num confronto decisivo. Até aí, tudo bem, mas não vim aqui dar aula de história, basta pesquisar na www.


O que quero dizer é que, refiro-me bastante à Napoleão, quase o tempo todo, sempre quando uma coisa falta, quando vejo alguém indeciso ou numa situação de dúvida. Na vida de músico então, frequentemente surge uma menção. Já explico:



Há uma pluralidade de episódios permeando essa condição, como esquecer uma pecinha indispensável para o funcionamento de um equipamento, algo como um simples cabo de força. Sem ele o equipamento não funcionaria, não é mesmo? Pois é, mas muitas dessas "pecinhas" são esquecidas e o total esquecimento delas é, por mim, atribuído à Napoleão. "Napoleão perdeu a guerra porque esqueceu tal pecinha"(risos).



Uma vez o outro músico esqueceu de levar o pedestal(aquele objeto que segura o microfone). E tivemos que improvisar pedindo para a namorada dele ficar segurando(o microfone, não o que você ficou pensando). Daí novamente a perda da guerra de Napoleão foi reescrita: Napoleão perdeu a guerra porque o fulano esqueceu o pedestal(risos).



Uma vez fomos tocar numa cidadezinha próxima e no meio do caminho o baterista percebeu que havia esquecido o pedal do bumbo da bateria. Estávamos na metade do percurso, é verdade, mas tivemos que dar meia volta. Voltamos e chegamos a tempo de jantar antes do show. Por pouco a frase não ecoou da minha boca.



Outra vez uma namorada ficou indecisa na hora de escolher um picolé (e olha que ela já havia aberto o freezer da loja). Eu fui inventar de dizer que a indecisão fez Napoleão perder a guerra. Ela ficou furiosa comigo. Após esse evento decidi parar de regular ou questionar a indecisão das pessoas.



Dizem que essas frases não devem ser ditas, de forma alguma, na frente de vestibulandos. Vai que eles acreditam(risos).



Este post ficaria recheado de histórias mas prefiro contar só uma parte. E eu continuo a falar: Napoleão perdeu a guerra por causa disso ou por causa daquilo.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O tempo

Fazendo uma profunda autoanálise, percebi o quanto gastei meu tempo gratuitamente. Quer dizer, pra se fazer boas escolhas(ou escolhas sábias), primeiro temos que cometer escolhas erradas. Sendo assim, meu tempo não foi de todo, desperdiçado. Mas refiro-me ao tempo gasto a toa, esbaforidamente em vão. Apressado, impaciente, impulsivo. Sem um mínimo de maturidade.

Investi em coisas que achava ter retorno. Tentei construir castelos que não consegui terminar. Percorri caminhos que não levaram a nada. Adentrei ruas que não tinham saída. Me perdi.

Houve um tempo em que subestimava o tempo, acreditando que ele não fosse habilitado a correr. Que a imagem do espelho congelaria... Que nossos pais, parentes e amigos durassem pra sempre.
Houve um tempo em que não me importava com o amanhã. Completamente o ignorava. O desprezava. Dava de ombros. Acreditava não fazer sentido perder o sono preocupado com o futuro, um futuro tão distante de onde eu estava. Esse futuro chegou. Estou preparado? Pergunto-me.

Talvez me aventure a responder amanhã.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Pretérito

A cada novo ano que entra não me dou conta de que as músicas antigas que eu canto ficam ainda mais antigas, isso sem falar nos filmes que vi. Deixa ver... As músicas mais antigas do meu set devem ser dos anos 1920 e, os filmes - que assisti ou reassisto - dos anos 1960, 1970. Puxa, não quero parecer antiquado mas, muitas dessas músicas são atemporais e, os filmes, verdadeiros clássicos. Embora com o passar dos anos fiquem mais distantes. Distantes do seu nascimento, remoto do tempo em obtiveram algum sucesso ou projeção. Mas nem por isso deixaram de me impelir uma revisitação. Neste caso, ticket de idas e voltas.
Esquecei de mencionar os livros que li, e que, alguns, tornei a reler. Talvez os deixe para mais tarde, quando estiver na sala de espera de Deus.
Nota-se que "somente" músicas e filmes encabeçam o rol de minhas prioridades existenciais.
O ano mal - bem - avança e minha patrulha mental custa a detectar a sensação da velocidade do tempo entre as músicas e o cinema, deixando-as pra trás.


Happy new year!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Toca Rauuullll!!!!



Foto do especial que rolou na Praça Saldanha Marinho, em Santa Maria-RS, nesta terça, dia 3. Fiquei muito feliz com o convite do meu amigo Janu Uberti, por me "presentear" com 3 canções do maluco beleza.

Foto: Dartanhan Baldez Figueiredo

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Chegando lá

Como se chega lá? Onde fica este lugar? O "lá", tem significados diferentes para cada um de nós. Para mim, além de ser uma nota musical, é um lugar em que estive inúmeras vezes. Todas as ocasiões em que conquistei algo pelo qual julgava ser "importante"!

O "lá" é uma meta, um objetivo, um pódio, um troféu, uma vitória, uma conquista, um orgasmo ou, um simples/complexo desejo.

Cada um sabe o esforço dedicado ao seu "lá". Cada qual vislumbra o caminho para o seu destino. Que é um universo particular e único.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Palavrão

Existem pessoas que têm uma super facilidade de pronunciar um palavrão como se estivessem falando 'eu te amo'. Falam de uma maneira melodiosa, sutil, como se o palavrão em si passasse remotamente despercebido. Confesso que já tentei falar assim. Não funcionou.
Do lugar onde venho, grossuras e xucrismos são comumente associados à educação nativa. Por esse predicado, o palavrão deveria sair de forma natural. Deveria. Mas não é como acontece(risos).
Aqui no sul temos um jeito peculiar de falar: ditados, interjeições; vocabulário característico. 

Quanto a interjeição do palavrão, escutei poucas pessoas falarem de modo tão suave. Talvez seja mais fácil dizer eu te amo num estilo mais agressivo.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Marceleza

Putz, retornei àquela fase em que só a lei da gravidade não basta pra segurar minhas calças(risos). Isso acontece quando... O trabalho é exaustivo durante a semana ou, existem preocupações pendentes, que acabam por me tirar o sono.
É o sonho de toda mulher emagrecer com facilidade, como eu.
E parece que vai surgir com mais frequência, já que cortei o açúcar do cardápio devido a taxa beirar a fronteira do diabetes. Dá pra mencionar a companhia da Coca zero agora.
Muita ou pouca gente tá lendo isso e pensando: por que esse cara não usa um cinto? Pois bem, cinto, pra mim, é igual guarda-chuva: são duas invenções profícuas mas não foram feitas pra mim. Sinto!
Como é desconcertante ser chamado de magrão. O que era bullying é tão usual quanto os mano e as mina.
Ainda bem que a falta de robustez não prejudica a prática de artes marciais, de que gosto muito. E sem querer fazer analogia mas, Bruce Lee era macérrimo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O guardador de carros

Essa função se tornou moda nos últimos tempos. Há 3 hipóteses para o seu surgimento: a crise no início dos anos 90, o ócio mesmo, e a desculpa para bebuns tomar a sua/nossa cachaça de cada dia. Nesse caso, a deles.

Não há um lugar onde eu vá que não tenha um guardador de carros. Tomaram conta das ruas, até mais do que os carros(será?). A estimativa é que exista 1 guardador para cada 20 carros. Em breve terá um guardador para cada 10, 5 e caindo. Em alguns lugares tem 2, 3 guardadores. Chega a ser uma disputa para "cuidar" melhor do seu veículo.

Mas vim aqui discorrer sobre a "tática" dos guardadores: uns chegam a ser bem ousados na sua intervenção, enquanto outros optam pela "boa" educação.

Confesso que não curtia ser repreendido por um guardador anunciando a "segurança" do meu carro. Mas fui cedendo à medida em que eles foram ficando mais astutos no quesito marketing pessoal. Paralelamente, ainda sobrevivem os mal educados, desbocados e queixosos mas, não são estes que chamam minha atenção.

De uns meses pra cá, passei a notar com outros olhos tais abordagens: uma noite dessas, estava quase chegando à porta do carro. Já tinha avistado o guardador se aproximando. Pensei imediatamente em dizer que estava sem dinheiro trocado. Ele foi mais rápido do que eu. Mostrou um sorriso gigantesco, usou um tom de voz suave e foi de uma simpatia desigual. Me desarmou(risos)! Usou palavras do tipo: "Seu patrimônio está bem cuidado", e "Tenha uma excelente noite". Teve um que eu jurava que era um poeta desempregado(risos). É, parece uma solução nova para um problema antigo.

Pense bem, se o cara for legal com você, não há como escapar. A não ser que você não possua nem mesmo uma simples moedinha(risos).

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O café

Quase sempre preciso da companhia de um café para escrever. As palavras fluem melhor e as ideias se desprendem. Redigir sem este acompanhamento é como ficar nu. Claro que às vezes não disponho deste recurso e então vai a seco mesmo.

Desde que me conheço por gente sou movido à café! Sem café não funciono. Não há um dia em que eu não tome café, um cafezinho que seja.

Tenho uma tese sobre o café: ele nem sempre é bom mas, o cheiro, sim. O Aroma do café é sempre bem vindo. Em qualquer lugar, qualquer instante.

Iniciei com o tradicional café com leite. Depois troquei para o expresso. Quando cheguei em Santa Maria, descobri o "carioquinha" e virei fã, por ser mais fraco e tenro que o expresso. Durante um tempo notava que ele estava fazendo mal a minha garganta e então mudei para o pingado, ou Macchiato. E continuo até hoje.

Sabe de uma coisa? Preciso de outro café!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A foto da capa

A foto que ilustra a capa do blog foi tirada por um outro propósito. Captada numa manhã preguiçosa pelo fotógrafo Fabiano Dallmeyer, em meados de 2009, a foto deveria/poderia ser usada no disco que eu estava preparando a fogo baixo. Esse disco acabou não acontecendo por questões políticas. Ora, tudo é política, não é mesmo?
Ontem, passeando por Silveira Martins, passamos, minha mulher e eu, pela casa que inspirou esta belíssima imagem. Imediatamente pensamos em voltar. Demos a volta e paramos. Num pensamento quase unânime, decidimos posar no mesmo lugar onde a fotografia foi tirada. No que vimos que havia gente na casa, desistimos. Uma pena.
Lembro que essa locação foi escolhida de maneira ligeiramente espontânea, enquanto passávamos de carro, à época. As melhores coisas acontecem assim.

Abaixo, um momento de descontração na sessão de fotos, com a produtora Carla Arend:





segunda-feira, 8 de julho de 2013

Quando ficamos à sós
Eu penso em desatar os nós
Falo do passado
E em tudo que deu errado.

Minhas fraquezas
Tristezas e desilusões
Se resumem nessas questões.

Quero desabafar meus amores
E poder curar minhas dores
Rir um pouco da solidão
Me distrair com uma canção.

Já passou perto
Meu coração está deserto
Buscando o teu perdão.

Vem aqui, me diz
O que eu quero ouvir
Quero sentir de novo
Aquele amor
Que era feliz
E agora virou rancor.

Onde está, onde está você?

Volta aqui, vem me esquecer...

terça-feira, 2 de julho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Marque a alternativa certa

(    ) Eu quero... Uma casa no campo... (Zé Rodrix/Tavito)
(    ) Eu quero... A sorte de um amor tranquilo... (Cazuza/Frejat)
(    ) Eu quero... Uma mulher que seja diferente... (Juca Chaves)
(    ) Eu quero... Sempre mais. (Ira)
(    ) Eu quero... Sol nesse jardim. (Catedral)
(    ) Eu quero... Ter um milhão de amigos... (Roberto Carlos)
(    ) Eu quero... Só você... (Roupa Nova)
(    ) Eu quero... Te roubar pra mim. (Ana Carolina)
(    ) Eu quero... Te levar... (Paulo Ricardo)
(    ) Eu quero... Um samba. (Chico Buarque)
(    ) Eu quero... É que esse canto torto, feito faca, corte a carne de vocês. (Belchior)
(    ) Eu quero... Ver você mandar na razão... (Djavan)
(    ) Eu quero... Paz e arroz... (Jorge Benjor)
(    ) Eu quero... É botar meu bloco na rua... ( Sérgio Sampaio)
(    ) Eu quero... Ver o som da alegria... (Gonzaguinha)
(    ) Eu quero... Ser feliz agora... (Oswaldo Montenegro)
(    ) Eu quero... Ir pro cinema... (Titãs)
(    ) Eu quero... Festa, eu quero rua, eu quero é me apaixonar. (Alemão Ronaldo)
(    ) Eu quero... Águas paradas. (Diego Dias)
(    ) Eu quero... Me enrolar nos teus cabelos... (Wando)
(    ) Eu quero... É morrer, bem velhinho, assim, sozinho... (Nei Lisboa)
(    ) Eu quero... Me esconder debaixo dessa sua saia... (Martinho da Vila)
(    ) Eu quero... É tocar fogo nesse apartamento... (Caetano Veloso)
(    ) Eu quero... A sina de um artista de cinema... (Los Hermanos)

*Pesquisa feita com canções destes autores.
Escolha a alternativa que combina com seu estado de espírito.