terça-feira, 30 de maio de 2017

Melancolia

Há três coisas capazes de me provocar um estado de melancolia: a chuva, o mar, e a música - estando eu na condição de ouvinte - neste caso. Poderia acrescentar aqui o nascer e o pôr do sol, mas tais imagens têm o poder quase imediato de transmutar este desalento, fazendo brotar outra vibração, que é a da esperança; o dia que já termina para dar lugar a noite, que trará um novo amanhã.

A chuva... Causa um certo desconforto, pelo simples fato de saber que irei me molhar ao sair para cumprir as tarefas do cotidiano, e por trazer uma melancolia travestida de saudade. Lembro que, desde criança tinha tal sensação. Era (é) uma saudade de pessoas que, por motivo de força maior, não podem estar comigo, mas apenas naquele pensamento.

O mar... Me passa uma sensação indescritível, como uma catarse. Uma vontade incorruptível de liberdade espiritual, de calmaria. Uma força capaz de me transportar e gerar reflexão sobre o futuro da humanidade.

A música... Tem o poder de carregar meus pensamentos, me conceder a revisitação de lugares e sensações com as quais já experimentei.

Alguém disse que, melancolia é saudade do que não vivi. 





quarta-feira, 24 de maio de 2017

A música interior

Toda canção deveria dizer alguma coisa, vocês não acham? Ser lúdica, polêmica ou autoritária, você decide! Quem sabe o que o compositor quis dizer com aquela palavra, frase? O famoso educador Paulo Freire escreveu uma vez que, "as palavras são grávidas de sentido". Isso bastaria para permitir-se à diferentes interpretações. Que mensagem eu devo passar? Que sentido ela terá pra você? Muita pretensão achar que minha música poderia mudar o mundo? A música dos Beatles mudou o mundo pra você? E a do Elvis, mudou alguma coisa? Sim, não, talvez. Estado de espírito. Felicidade. Tristeza. Dor. Angústia. Amor.

Toda canção deveria dizer alguma coisa. E eu acredito que a música tem esse poder. Acredito mesmo! E essa música está dentro de você. Escute-a!

See you!


terça-feira, 23 de maio de 2017

Pensando alto

Será que estou ficando surdo de tanto falar? Agora, no restaurante: um cara, da mesa ao lado, conversa tão alto com seu interlocutor que não consigo ouvir meus pensamentos (risos). O pior é detectar que o assunto não me despertara interesse. Tá bem, se estou escrevendo aqui é porque continuo com o ouvido antenado. Mas que parece papo de elevador, parece. Sabe aqueles assuntos climáticos? Pois é, esses aí. Será que todo papo deveria ter conteúdo ou imaginamos ser mais espertos por causa do Google? Quem duvida da dúvida? Alguém disse que a única certeza é a incerteza. Pelo jeito, essa discussão vai longe. Até o garçom trazer a conta, por favor. Peço o cafezinho e o diálogo prossegue, em alto e bom som. Não me surpreendo e nem me dou por vencido. Consulto o relógio: hora de partir. Deixo meus pensamentos para outra hora, afinal, eles também soariam tão alto que seria melhor tapar os ouvidos.

See you!





segunda-feira, 22 de maio de 2017

Searching for Sugar Man

O que diria Sixto Rodriguez ao saber que, sua música, após tanto tempo, ainda ecoa por aí? No modesto aparelho de rádio do meu carro, por exemplo.
Recentemente - por intermédio de um colega de apartamento - assisti ao documentário Searching for Sugar Man, que continha uma narrativa bastante peculiar e irresistivelmente envolvente, quase como uma película de suspense, no melhor estilo Hitchcock. Não irei contar o real desfecho do documentário, pois, seu final é intensamente surpreendente. O que posso revelar: assistam, porque vai mudar suas vidas! A minha já mudou.

*Oscar de melhor documentário na Academia em 2012.

Alguém disse que certas músicas são atemporais. Algumas são fadadas ao sucesso, mesmo que no início, pouca gente pareça se importar com elas.

Long life, Rodriguez.




quinta-feira, 4 de maio de 2017

Até na China

Tinha um conhecido, o Clayton. Chegamos a trabalhar juntos (ele na captação de imagens do DVD do tradicional bar, Ponto de Cinema) e eu, no palco, tocando. Então... A vida continuava e seguido nos encontrávamos lá pelo Ponto, e trocávamos alguma meia dúzia de palavras. Mais tarde, fiquei sabendo que ele estava na China, que tinha ido fazer sei lá o quê, lá. O tempo foi passando e seguíamos nos esbarrando por aí. O detalhe é que, quem me conhece sabe que uso um topete no cabelo; daí vem o verdadeiro motivo deste post: quando o Clayton estava na China (essa informação me foi revelada na volta), andando entre a multidão, acabou notando que o referido topete também era moda entre os chineses, principalmente os mais jovens, (risos) e ficou bastante intrigado. Na ocasião, disse para quem estava ao seu lado: - O Marcelo ia se dar bem por aqui! (risos).

Infelizmente, o Clayton não está mais entre nós. Talvez esteja captando imagens em algum lugar celestial, recebendo toda a luz que merece!
Essa história aconteceu há alguns anos e achei que valia a pena contar. Vale.

Fica em paz, Clayton.




quarta-feira, 3 de maio de 2017

Again

Eu de novo. Talvez minha volta por aqui seja passageira, talvez não. Mas me libertar das amarras pela busca incessante das palavras é um indício razoável de sobrevivência. Saber escrever é que são elas. Estou longe disso; prefiro arriscar alguns palpites sobre como as coisas são do que de fato elas são. Metáforas, valei-me. A parte chata é que sempre acabo me esquecendo do verdadeiro motivo de voltar ao blog. Geralmente acabo me lembrando de um tema pertinente quando estou a caminhar pela rua ou quando estou no banho. Estes pensamentos evaporam-se depressa demais, comprometendo o que poderia se tornar um diálogo pessoal ou de cunho favorável. A sorte é de quem lê ou de quem escreveu?

See you!

terça-feira, 2 de maio de 2017

#returning

Acordei com uma vontade estranha de escrever. Quer dizer, sempre curti fazer isso, mas tomo certas precauções quanto as palavras. Talvez o mais difícil seja, para mim, escrever de forma atrativa, tutelando minha criatividade num viés mais romântico ou prazeroso de ser. Digamos que, a cada dia, me sinta com mais necessidade de expressar tais sentimentos, de efundir sensações cerceadas por eufemismos subliminares de uma vida observada de longe. Alguém disse que de perto ninguém é normal. 

Eu deveria estar almoçando mas, hoje não tive aquela correria cotidiana de fazer tudo como máquina. Meu pensamento é assim, não se controla perante convenções coerentes.

See you!