sábado, 30 de outubro de 2010

Tudo é passageiro

Vejo a chuva da janela
Penso nela
Sinto que ela vai se molhar
E vai estragar o cabelo.

Respiro fundo
Sinto o mundo
Sinto muito por te fazer feliz.

Nada é como a gente quer
Tudo é sempre por uma mulher...

Tudo é passageiro
Até o que passa nas mãos do goleiro.

Sei que estou assim porque quero
E o fim talvez volte pra estaca-zero.
Sei que estou assim porque quero
E o fim talvez volte pro começo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Da janela do meu quarto

Desejo que você me pegue
Que você me leve
Aonde ainda não fui
Que não me solte,
Mas volte na hora de dormir.

O pensamento fica cheio
Vazio de arrumar razão
Deste jeito especial
A censura perde a explicação.

Vamos dormir mais cedo hoje
Amanhã o dia vai ser quente
Da janela do meu quarto
E de tudo que saí da minha mente.

Vamos dormir mais cedo hoje
Amanhã o dia vai ser cheio
Da janela do meu quarto
Os fins justificam os meios.

12 horas

Acordei a uma e meia da tarde, apesar do despertador ter tocado as onze. Decidi permanecer na cama porque na noite anterior tinha cantado 6 horas seguidas. Levantei e liguei o note pra verificar meus e-mails, Orkut, Facebook, etc. Tomei um iogurte e aguardei a fome chegar. Tava demorando. Vou ficar só no iogurte(risos). Peguei o carro e fui devolver um amplicador de guitarra a um amigo músico. Ele mora a 5 quilômetros de Santa Maria. Levei um tempo para chegar devido ao trânsito. Bati em sua porta e demoraram pra atender. Um chiuaua apareceu primeiro, na janela da casa, rosnando. Fui recebido por alguém que parecia ser o pai desse amigo. Logo, ele surgiu, vindo do andar de cima da casa, com o cabelo desgrenhado. Sentamos na sala e conversamos sobre música, investimento na carreira, fracasso musical e sua repentina partida para a Europa. Permaneci uns 40 minutos ali. Me despedi e retornei à cidade. Deixei o carro na garagem e fui à padaria, dobrando a esquina, comprar pão francês para o café: pão "pretinho", hein?! Não me venha com pão branco(risos)! 6 pãezinhos! Cheguei em casa e preparei o café de sempre: com leite, forte. Pronto! Já eram quatro e meia da tarde. Tenho um compromisso às cinco e trinta. Deixo o carro e vou à pé pro centro. Às vezes faço isso. Recomendo. Aproveito o tempo livre e dou uma passada na Cesma, Cooperativa dos estudantes de Santa Maria, onde se pode encomendar livros, sentar, ler e descobrir as novidades. Comprei 2 livros: Revelações por minuto, um livro que conta a história da banda RPM e, Pra ser sincero, do vocalista da banda Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger. Fiquei com vontade de ir ao café que a Cesma mantém ali, no primeiro andar, folhear os livros que acabara de comprar. Entrei no elevador e vi uma frase bastante duvidosa: elevadores "tal", há 10 anos ajudando você a chegar lá(risos)! Já no café pedi a atendente que me trouxesse uma Coca, mesmo eu tendo prometido a mim mesmo que ia parar. Sim, eu não parei, mas diminuí(risos). Sentei e saboreei, não a Coca e, sim um dos livros. Não demorei muito. Era hora de ir a reunião com uma cliente de uma festa. Caminhei da Cesma até o calçadão e logo, chego ao meu destino: Ed. Princesa, nono andar. Conversamos sobre os detalhes de como seria a festa, o que eles queriam. Tudo certo. Fui contratado. Mas a festa será só em abril, do ano que vem. Sem problemas. Melhor deixar agendado. Dali voltei pra casa. Seis da tarde. Mais uma olhada nas redes sociais e, momento pra alma. Centro espírita. Pra purificar a alma não precisa de carro. Step by step. Entrando no local reparei que estava lotado. E enxerguei uma cadeira vaga, pois haviam poucas. A palestra de hoje era sobre "amar os inimigos". Fantástica. Descobri que meus inimigos são aqueles que discordam de mim. Interessante. Tenho aos montes. Devo ser inimigo de muita gente também, porque discordo de muita coisa. Bom, mas aí é outra história. O que importa foi o que a mensagem me passou. Tomei o passe e voltei pra casa. A fome, aquela da hora de acordar, chegou. Vim aqui, escrevi mais um pouco e fui cozinhar: guisado com batatas, arroz branco e salada. Ah, suco de soja, nada de "Coca"(risos). Pô, esse dia vai longe! Bom, escrevi mais um pouco, caiu a internet, escrevi outro pouco e fui ler no sofá da sala. O livro do Gessinger. Também recomendo. No meu caso, cresci ouvindo os Engenheiros e era a noção de rock que eu tinha na época. Hoje, ainda acredito que isso foi fundamental para mim.
Essa, com certeza, será minha maior postagem. 
Fiquei entre o livro e o teclado do computador. Lá e cá. Cá e lá.
Enviei o último e-mail. Meia-noite. Assisto ao Jornal da Globo e espero pra ver quem será entrevistado no Programa do Jô. Castanhas de caju e guaraná-açaí pra acompanhar. Pois é, quem duvida é louco.
Agora escrevendo e vendo TV. Depois volto pro livro, que está pra lá de jóia! 
Uma da manhã. As doze horas estão chegando ao fim. Quem sabe na próxima eu faça uma postagem contando as 24 horas do meu dia! 
Bom, ainda sobrou espaço pra reafinar a guitarra meio tom abaixo, tirar uma música e recolocá-la na afinação 440 Hz.
Esse foi meu dia calmo. Igual a muitos, diferentes de tantos.
Vou continuar por aqui...
Boa noite!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pequena

Uma letra que fiz em meados de 2005:


Eu quero descansar meus olhos
Na tua imagem,
Quero pegar carona
Na tua viagem
Quero achar real
Tua miragem
E quero crer em tudo
Que te pareça bobagem.


Porque por você
A vida vale a pena
Agora vem ser minha,
Minha pequena.



Quero pegar estrada
Na tua bagagem
Quero horas te ninar
Contando vantagem
Eu sou assim,
Um cara só de passagem,
Por aqui.

Outro norte

Hoje vou mudar minha vida
Não vou mais te chamar de querida
Não quero mais contar com a sorte
Vou procurar outro norte.

Vou atravessar a rua sem olhar
Fechar os olhos pro teu pensar
Andar despreocupado com o que posso pagar
Desligar o telefone se alguém ligar.

Vou mudar!

E amanhã quando o dia recomeçar
Vou inventar
Outra coisa pra reinventar
E olhar pro céu e contar
Todas as estrelas que eu puder.

Vou continuar a perceber
Todas as coisas que ficaram pra trás
Mas as estrelas estão lá pra brilhar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Antes do fim

Não me espere
Não corra
Não se desespere
Nem morra.
Não mude
Não seja igual
Não lute
Contra o que é real.

Não espere nada
De mim
Minha alma foi lavada
Antes do fim.

Não me dedure
Guarde o segredo
Não segure
O próprio medo,
Finja que é brinquedo.

domingo, 17 de outubro de 2010

Faça o que quiser fazer
Não me peça permissão
Porque vou dizer não.
A vida tá lá fora
Te peço pra ir embora
Vá agora, volte amanhã
Quero te ver na mesma hora.
Não me peça pra mudar
Eu já botei a roupa
Me deixe no mesmo lugar
Que a rima anda solta.
Não devo te pedir perdão
Por correr na contramão,
Vou sorrir pro passado
E abraçar a solidão.
Passado a limpo
Teu instinto me condena
Saio agora pois o destino vale a pena,
Minto...

domingo, 3 de outubro de 2010

A tecnologia matou a saudade?

Um assunto bem interessante pra se comentar: será que a tecnologia, que hoje aproxima tanto as pessoas, definitivamente matou a saudade? Pois é, não vou dar uma resposta imediata. Até porque acredito nas reviravoltas e nas coisas simples.
Não muito tempo atrás eu ainda me comunicava por "carta". Esse hiato que iniciava na escrita, depois a espera pelo ônibus, viajar alguns quilômetros, descer nos Correios, lacrar, selar, postar e finalmente, chegar em seu destino, alimentava uma gigantesca SAUDADE! Sem falar que a espera pela resposta nutria outra SAUDADE maior ainda! Era um misto de ansiedade e saudade! Uma sensação indescritível!
A saudade ilustrava poesias, instigava poetas, maltratava amantes! Dilacerava corações! Reunia pensamentos imaginativos! Uma "obra" fictícia pensamental em prol da saudade! Que maravilha! A saudade não era sopa, amigo! E ainda não é!
Nos dias de hoje ela é evitada mais facilmente, "graças" aos meios de comunicação. Facilitou e dificultou. Dificultou e facilitou. Qual vocês preferem? A saudade ficou no tamanho de um grão de areia? Ou ela ainda pode se tornar um vulcão? Não vou responder, só quero que pensem nisso.
Sim, ficou bem mais fácil "matar" a saudade.
Mas não importam quantos meios surjam para aproximar as pessoas. Melhor sentir saudade do que andar vazio.
E ainda bem, que a SAUDADE é eterna!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Quatro estações

Fiquei parado em frente a tua porta
Você não quis abrir
O tempo meio que voou depressa
E eu ainda tava ali.

Esperando te ver
Pra te pedir desculpa
Esperando parar de chover
Pra te beijar a nuca.

As 4 estações
Passaram num dia
E eu procurava as razões
Pra minha euforia.

Tudo que eu queria
Era o que eu sabia
Que as estações passaram por mim.