terça-feira, 20 de março de 2012

Histórias da estrada

Lá pelos idos de 1995, a banda/trio que eu tocava ia fazer uma apresentação noutra cidade, distante dali. Feito as negociações, o que nos deixava sem lucro algum, iniciamos com algumas sessões de ensaios, no pátio da casa do baixista. Resultado: todo mundo parava pra ver! Era no pátio mas estava aberto e o público tinha acesso visual(risos). Devíamos ter cobrado ingresso.
Após uma semana nesse lero-lero arrumamos o equipamento e tomamos um ônibus, com outros passageiros, não era um só pra nós(risos). Como a cidade era relativamente longe, saímos ainda de madrugada de Uruguaiana. Chegamos lá por volta das 3 da tarde, não lembro bem. No que descarregamos o equipa ao chegar no bar, local do show, decidimos ficar por ali mesmo e dormimos no palco, exaustos. Foi a primeira vez que dormi num palco.
Acordamos no entardecer e resolvemos fuçar a cidade, dar uma banda. A passagem de som seria na volta. Andando pelas ruas, nosso baixista se deu conta de que precisava cortar o cabelo. Descobriu uma galeria e constatou que naquele lugar deveria ter um cabeleireiro(risos). Positivo! Adentrou o recinto sem perguntar o preço e foi logo sentando à cadeira de corte. Olha, não me recordo bem dos valores da época mas dá pra imaginar: se íamos ganhar 25 o corte era 20(risos). Ficamos a viagem inteira no pé do cara... e o show, à noite, foi sensacional. O dono do bar disse para não tocarmos tal música, tocamos e o pessoal foi ao delírio.
Histórias da estrada...

terça-feira, 6 de março de 2012

Trio elétrico

Bem próximo do natal, no ano passado, realizei um sonho de adolescente: tocar num trio elétrico! Por muitos anos imaginei a cena. Foi um pouco diferente do que imaginei mas, deu pro gasto. Sonho realizado. Tocar na chegada do papai Noel também é bacana levando em conta o meu trabalho de musicalização com as crianças.
Fui convidado pelo meu querido amigo, Janu Uberti, pra tocar num caminhão, que era o próprio trio elétrico. O caminhão estava parado junto a um bairro, na periferia da cidade, e eu escalado pra animar o público antes da chegada do bom velhinho. Foi muito bacana ver a galera cantando junto músicas bem conhecidas, num repertório que ia de Tim Maia à Seu Jorge.
Quem sabe numa próxima oportunidade eu possa tocar num trio de carnaval...

segunda-feira, 5 de março de 2012

O garoto de Liverpool

Ontem, assistindo ao filme O garoto de Liverpool, me deparei com uma cena clássica na minha vida musical: o jovem Lennon quando "ganha" seu primeiro violão, o coloca em exposição em cima de uma poltrona e fica algum tempo olhando pra ele, em silêncio. Secretamente, essa cena se repetiu diversas vezes em meu aprendizado adquirido. Se tornando até um ritual, discreto e silencioso, de admiração completa ao instrumento conquistado. Lembrei do meu primeiro violão, de como o consegui com muito esforço e, a contemplação ao vê-lo em minha frente esperando ser tocado. Não sei se meus colegas músicos agem assim ao comprarem um instrumento novo mas, comigo isso é praxe.
Um instrumento novo renova a energia para o que vem pela frente!