segunda-feira, 23 de junho de 2014

Carona

Constantemente fui compelido a não dar carona para pessoas estranhas. Aquela coisa de conselho de mãe, de avó.
Numa dessas viagens à trabalho, pelas cidadezinhas da região, passei próximo à
UFSM(Universidade Federal de Santa Maria), e vi um rapaz acenando. Tive um ímpeto de parar. Foi automático. Perguntei o destino e ele confirmou que ia pro mesmo lugar que eu. Pedi pra embarcar e seguimos viagem. Notei que era ligeiramente tímido e conversamos somente o básico. Também falei pouco de minha vida pessoal, inclusive preservei minha profissão. Quando falo que sou músico todo mundo me pergunta o nome da banda(risos)e tenho de explicar que não faço parte de nenhum grupo e que toco sozinho. Sozinho? Sozinho como? Voz e violão, eu respondo sempre.
Bom, a viagem seguiu seu curso e passei a perceber um rapaz incrivelmente humilde, de fala simples e um alto nível de aplicação nos estudos, dado o teor da conversa.
Enfim, chegamos ao local acertado: ele se despediu, agradeceu e me desejou uma boa festa(eu estava indo tocar numa formatura). Eu desejei-lhe boa sorte!

Quando me afastei um pouco dali fiquei com a sensação de dever cumprido. Como se eu tivesse obrigação de dar aquela carona. Vai ver o cara é uma pessoa boa!

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