sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O tempo

Fazendo uma profunda autoanálise, percebi o quanto gastei meu tempo gratuitamente. Quer dizer, pra se fazer boas escolhas(ou escolhas sábias), primeiro temos que cometer escolhas erradas. Sendo assim, meu tempo não foi de todo, desperdiçado. Mas refiro-me ao tempo gasto a toa, esbaforidamente em vão. Apressado, impaciente, impulsivo. Sem um mínimo de maturidade.

Investi em coisas que achava ter retorno. Tentei construir castelos que não consegui terminar. Percorri caminhos que não levaram a nada. Adentrei ruas que não tinham saída. Me perdi.

Houve um tempo em que subestimava o tempo, acreditando que ele não fosse habilitado a correr. Que a imagem do espelho congelaria... Que nossos pais, parentes e amigos durassem pra sempre.
Houve um tempo em que não me importava com o amanhã. Completamente o ignorava. O desprezava. Dava de ombros. Acreditava não fazer sentido perder o sono preocupado com o futuro, um futuro tão distante de onde eu estava. Esse futuro chegou. Estou preparado? Pergunto-me.

Talvez me aventure a responder amanhã.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Pretérito

A cada novo ano que entra não me dou conta de que as músicas antigas que eu canto ficam ainda mais antigas, isso sem falar nos filmes que vi. Deixa ver... As músicas mais antigas do meu set devem ser dos anos 1920 e, os filmes - que assisti ou reassisto - dos anos 1960, 1970. Puxa, não quero parecer antiquado mas, muitas dessas músicas são atemporais e, os filmes, verdadeiros clássicos. Embora com o passar dos anos fiquem mais distantes. Distantes do seu nascimento, remoto do tempo em obtiveram algum sucesso ou projeção. Mas nem por isso deixaram de me impelir uma revisitação. Neste caso, ticket de idas e voltas.
Esquecei de mencionar os livros que li, e que, alguns, tornei a reler. Talvez os deixe para mais tarde, quando estiver na sala de espera de Deus.
Nota-se que "somente" músicas e filmes encabeçam o rol de minhas prioridades existenciais.
O ano mal - bem - avança e minha patrulha mental custa a detectar a sensação da velocidade do tempo entre as músicas e o cinema, deixando-as pra trás.


Happy new year!