Acho que nunca contei da fase que me coube acompanhar um transformista. Foi meio por acaso. Já o conhecia da noite por fazer pequenas intervenções nos bares noturnos. Sempre despojado e loucamente irreverente. Na metade dos shows ele pegava o microfone e fazia grandes imitações, animando a todos que estavam na plateia e, consequentemente, no palco. Era gargalhada geral! O cara realmente se "prestava".
As imitações mais frequentes eram da Tetê Espíndola, com a saudosa música Escrito nas estrelas, e transitava ainda por Maria Betânia e Adriana Calcanhotto.
Bom, mas falando da época em que tocamos juntos: um dia apareceu lá em casa pedindo que o acompanhasse. O que me causou um certo espanto! Ora, vamos lá, tudo é experiência, repeti pra mim mesmo.
O Monéti, esse era o apelido dele, costumava tocar em casamentos, despedidas de solteiros e eventos para professores, em que predominavam as mulheres, claro. Era tudo muito engraçado. Eu ria mais do que tocava.
Alternava entre uma peruca loira e uma morena. Se puxava na voz aguda pra fazer a Tetê Espíndola. Simplesmente era igual.
Nosso meio de transporte era um Corcel I laranja, todo baleado, que Monéti chamava carinhosamente de Sukita(risos). O carro vivia tossindo e Monéti dizia: vamos Sukita, não me deixe na mão(risos)!
Foi um período muito divertido e que me traz boas lembranças.
Há um tempo ele veio animar uma loja aqui em Santa Maria e eu tentei ir mas não lembro porque não consegui.
Quando regressar a Uruguaiana vou procura-lo e relembrar esses momentos.
2 comentários:
Não quero fazer fofoca, mas o cara me disse que quem se transformava era tu, verdade? Abraços
Posso te afirmar sem sombra de dúvida que não era eu hehehe
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