segunda-feira, 27 de abril de 2015

Geração zumbi

Sou de uma geração que conseguia ficar mais tempo com a cabeça no travesseiro. Não estou me referindo à dormir com a consciência tranquila ou não e sim de dormir mais horas seguidas. Naquele tempo, dormir até 10 horas de sono era comum, corriqueiro e acessível. Hoje preciso equilibrar alguns fatores pra consumar essa possibilidade.
No início da minha carreira, ainda que músico amador, eu tocava um tempo considerável em cima do palco. A contra partida vinha em forma de sono reparador: 10, 12 horas pra combater o cansaço.

Uma pesquisa comprova que atualmente estamos dormindo uma hora e meia a menos do que há 30 anos. Enquanto lia essa matéria o índice ia caindo vertiginosamente, ou seja, nos próximos anos estaremos condenamos a levar uma vida zumbi. Fazendo as coisas no piloto automático. Mas e já não fazemos? Somos completamente governados pelos hábitos. Pelo movimento repetitivo de uma linha de produção. Pelo simples piscar e abrir de olhos. A ordem das ordens. Metodismo puro.

Li em algum lugar que deveríamos viver com pouca coerência, mas de forma sutil, pra não virar insurgência. Trocar as coisas de ordem, mudar o horário das refeições, eleger horas absurdas para fazer uma aventura rural, botar a carroça na frente dos bois... Parece papo de louco mas, eu li. É cada absurdo que escrevem hoje em dia. Imagine se seu filho lê isto? Imagine se meu filho lê isto?

Imagino você lendo meu post e chegando até aqui. Papo de louco, né?

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