domingo, 8 de fevereiro de 2009

Depois do contato

Tinha quase 9 anos quando percebi que podia desenhar qualquer coisa(até por ali). Colecionava "gibis" de Wall Disney e super-heróis. Sendo esse último meu preferido para desenhar. Comecei a copiar tudo o que via dentro daquele universo, criando minhas próprias histórias em quadrinhos: queria ser desenhista! Também conheci um renomado desenhista que tinha trabalhos fantásticos, incluindo uma revista de tiragem astronômica(pra minha idade).
Uma vez estava na Califórnia da Canção Nativa(festival), que acontecia na Pastoril(um parque campestre, afastado da zona urbana) e não lembro bem, parece que tinha uma exposição com desenhos de alunos do 1º grau. Fiz um retrato do cantor nativista Telmo de Lima Freitas, que estava concorrendo no festival. Meu desenho foi parar naquela exposição e o próprio Telmo quis conhecer o "autor" do retrato. Toda essa "aventura artística" proporcionou-me conhece-lo de perto, frequentar sua casa e conviver com seu filho, que tinha quase a minha idade. Mais tarde Telmo viria a se tornar secretário de cultura do município e moraria na mesma casa que morei.

Naquele mesmo período pensei em fazer uma revista em quadrinhos, e convidei um amigo que também fazia uns rabiscos. Criei um personagem que seria o principal: um herói chamado "Capitão Brasil", nacionalista e defensor dos fracos e oprimidos. Fiquei com a primeira história e meu amigo com a segunda(na verdade eram só duas mesmo) intitulada "uma barata chamada Kafka", inspirada na música da banda Inimigos do Rei. Dias depois chegando no colégio(meu amigo e eu éramos da mesma turma) resolvemos mostra-la para os colegas. Qual foi a nossa surpresa quando todo mundo queria uma revista: tiramos umas 100 cópias e vendemos pra toda escola. Ainda ganhamos uma graninha extra por vende-las, que serviu também pra pagar o xerox.

Paralelamente ao desenho, também era fanático por Fórmula 1. Sabia tudo o que acontecia nos boxes, as equipes, carros, motores, etc. Tinha álbuns de figurinhas, recortes de jornais, um monte de informação a respeito. Meu ídolo naquela época era o Nelson Piquet, só mais tarde mudei pro Ayrton Senna. Acompanhei também o surgimento do Senna, com aquele carrinho preto da Lotus com a logo John Player Special. Lógico que queria ser piloto de Fórmula 1! Esse sonho durou um tempo até meu reencontro com a música.

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