sexta-feira, 25 de novembro de 2011

De todas as coisas que eu posso ser, não quero ser saudade na vida dos meus filhos. Saudade é um aditivo melhor empregado no amor. Não serve pros filhos. Pelo menos quando esses são ainda pequenos. Logo atingem a vida adulta o destino/profissão/casamento e outras responsabilidades se encarregam de separa-los da gente. É a vida. Aí sim, a saudade surge como um alento(ilusão) quando temos os filhos mais longe.
É engraçada, a vida. Morei com meus pais até os 20 anos. Convivi com meu pai todo esse tempo. E ele passava comigo conforme sua profissão lhe permitia. Chegou a ter dois empregos quando minha mãe ainda não era professora. Ele trabalhava na prefeitura de dia e, à noite dirigia um táxi. Bem mais tarde a casa foi ficando inteiramente pra mim. Pelo menos as tardes, pois ambos operavam. Não cheguei a sentir uma ausência constante de meu pai. Pelo contrário, ele estava sempre ali. O que não havia era uma comunicação mais profunda, até então perfeitamente compreensiva dado os moldes do ambiente progenitor. Não quero culpar nem julgar nem difamar meus antepassados por passarem uma fórmula que eles acreditavam que era sinônimo de criação exemplar. Estou, sim, comentando um fato pra chegar de volta a mim.
Hoje, longe daquele passado, as coisas funcionam léguas diferente. O futuro, a tecnologia, o formato diversão se modificaram. Todas essas questões nos ajudam, não só a andar pra frente mas, educar, presenciar e "tentar" participar de uma ordem mais próxima, imediata no contato com os filhos.
Ter filhos de relacionamentos distintos não deve(ia) ser uma parede e sim, algo que se pode adicionar qualidade ao invés de quantidade.
Não paro por aqui. Só quero ser feliz e desejo que eles sintam isso...

Nenhum comentário: